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quarta-feira, 20 de fevereiro de 2019

Contra Bolsonaro, pelo trabalhador, centrais sindicais, entidades e movimentos sociais realizam o Dia Nacional de Luta em Defesa da Previdência



Em resposta à proposta de reforma da previdência, de Jair Bolsonaro, entregue hoje (20) para o Congresso Nacional, aconteceu o"Dia Nacional de Luta em Defesa da Previdência".

Neste ato, com a presença das principais sindicais, entidades e Movimentos sociais, os trabalhadores formaram a Assembleia Nacional da Classe Trabalhadora para delinearem uma agenda de resistência contra a proposta de Paulo Guedes, ministro da Economia.
Um dos pontos criticados na reforma defendida pelo governo Bolsonaro é a criação de um novo sistema previdenciário com base na capitalização. Além disso, as lideranças chamaram a atenção, também, para o estabelecimento de uma idade mínima para aposentadoria de 65 anos para homens e de 62 anos para mulheres ao final de um período de transição de 12 anos. Os beneficiários, neste novo sistema, terão que contribuir por, no mínimo, 20 anos.
Durante o ato foi formada a Assembleia Nacional da Classe Trabalhadora.
Para a deputada estadual (PT/SP), Maria Izabel Noronha, a Bebel, o PL apresentado pelo presidente, hoje, ataca homens e mulheres de todas as idades. A Presidenta da APEOESP ainda questiona: "Eu não vi nenhuma proposta por parte do presidente para resolver a crise econômica, ele só sabe falar de previdência. O plano econômico dele é a previdência?"
Já o presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Vágner Freitas, foi mais longe: "o governo é mentiroso, engana a população. Diz que está criando uma nova previdência quando, na verdade, está acabando com ela. Acabando com os direitos, não é só com a aposentadoria. Por exemplo, se o cara ficar doente, não tem mais o auxílio doença, vai ter de trabalhar doente porque o auxílio doença, com o fim da Previdência Social, acaba. Acaba o auxílio doença, o vale alimentação, o vale transporte que são coisas que giram em torno da previdência. O que ele fez foi acabar com tudo isso e criar um plano privado para encher o bolso do banqueiro de dinheiro. (...) O que ele fez foi desgraçar a vida do trabalhador brasileiro".
Vagner Freitas e Bebel realizaram duras críticas ao projeto da reforma da previdência.
Em postagem nesta quarta-feira, em seu Instagram, o líder do MTST e ex-candidato à presidência da República, pelo PSOL, Guilherme Boulos, chamou a atenção para o aumento em 5 anos ao pagamento do BPC (Benefício Assistencial ao Idoso e à Pessoa com Deficiência). Com a nova previdência, ao invés das pessoas receberem o benefício com 65 anos, passarão a receber, somente, aos 70. E se, porventura, quiserem antecipar o pagamento, receberão menos que a metade de um salário mínimo, R$400,00.
Em seu discurso, no caminhão de som, o Coordenador Nacional do MST, João Paulo Rodrigues, afirmou o compromisso do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra de defender a classe trabalhadora: "Quero dizer que aquilo que se decidir aqui por esse colegiado de centrais (sindicais), o MST, a Frente Brasil Popular, a Via Campesina se somarão à lutar contra a reforma da previdência".
Em São Paulo, os professores da rede municipal estão em greve.
Durante o ato, funcionários da rede municipal de São Paulo, em greve, abriram faixas e criticaram o prefeito Bruno Covas que, recentemente, aumentou a contribuição previdenciária dos funcionários públicos do município de 11% para 14%.
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Um comentário:

Prentice disse...

Essa direita retrograda esta acabando com o Brasil e o trabalhador brasileiro.

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