Ribeirão Preto é uma cidade dominada pelo poder financeiro. As empreiteiras dominam os principais gabinetes do Palácio Rio Branco ( a Casa Civil, a Secretaria de Governo e a sala do (a) Prefeito) além da Câmara de Vereadores.
Temos uma cidade sem planejamento, sem um zoneamento urbano adequado e sem nenhum projeto que sequer resvale em um plano de cidade que ao menos vislumbre o combate às desigualdades e à preservação ambiental.
A especulação imobiliária desenfreada causa danos ambientais e convive com um dos maiores índices de favelização do país nos últimos 25 anos.
Temos a "zona sul" dos bacanas e o domínio total de qualquer área urbana que sirva aos interesses da especulação imobiliária. Não importa se nos locais de interesse possam estar passivos ambientais importantes.
O restante dos bairros (os bairros populares), onde os especuladores não têm interesse, estão abandonados em todos os sentidos.
Em uma cidade onde o meio ambiente é desprezado e que tem pouquíssima cobertura vegetal, sofre o Aquífero Guarani e sofrem os córregos urbanos.
Se já não bastasse a poluição e a construção desenfreada (até de lixões) nas áreas de recarga do Aquífero, a cidade entrega para as empreiteiras duas áreas que deviam ser protegidas, já que são áreas de nascente de córregos: a imensa área onde nasce o córrego dos Catetos, entre a Costábile Romano e Arnaldo Vitaliano (que deveria ser um imenso parque municipal de proteção ambiental), e a área de nascente do córrego Antártica (no Monte Alegre).
Os nossos queridos políticos embalados pelos poderosos interesses do capital parecem dizer ao povo: "Vamos acabar logo de uma vez com esse líquido impertinente que só nos atrapalha: a água".
2016 é ano de eleição municipal. Que cidade queremos para o futuro, esta de joelhos para a especulação ou uma cidade que enfrente interesses em busca de uma maior qualidade de vida com diminuição das desigualdades?
Com a resposta o povo!
Ricardo Jimenez e Marcelo Botosso - Equipe O Calçadão
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