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sexta-feira, 31 de julho de 2015
Com posicionamentos de Estadista, Dilma isola o golpismo e segue em frente!
Nos últimos dias, Dilma tem dado importantes passos na direção de isolar o movimento golpista iniciado a partir de sua segunda vitória eleitoral (4a do PT) sobre o conluio mídia/tucanato e liderado pela dupla Aécio Neves/Eduardo Cunha.
Apesar de todas as críticas das quais Dilma faz jus, dentre as quais destacam-se a incrível falta de comunicação na aplicação do tal "ajuste Levy" no início do seu mandato e a passividade com que aceitou a mídia ter imposto a versão de que a crise nada tem a ver com a questões internacionais, sendo apenas falhas internas de "um governo incompetente", o que a fez se distanciar de seu eleitorado, é preciso dar a mão à palmatória: a Presidente tem seguido firme em suas convicções e tem obtido vitórias, ainda modestas, mas vitórias.
E são vitórias em duas frentes importantes: na lava jato e na relação com as forças políticas no Congresso e nos Estados.
Sua postura de não interferir e nem se posicionar de maneira firme contra os desmandos da "república do Paraná" (legitimando a conduta de seu Ministro da Justiça), tem dado a Dilma um distanciamento importante para virar o jogo em breve. Isto porque a lava jato se tornou grande demais para que seus condutores consigam direcionar as "investigações" apenas contra o PT. O bico, as asas e as penas de uma certa ave representante de um partido teimam em aparecer com cada vez mais força, e o Cunha tem se enroscado cada vez mais no emaranhado dessas mesmas investigações. Resultado: começa-se a perceber que contra a pessoa de Dilma não há nada e que o PSDB não tem moral nenhuma para ser uma oposição moralista, e isso faz a diferença.
Na relação com as forças políticas, as vitórias começaram com a unidade dos governadores do Nordeste em torno da governabilidade. Isso se desdobrou na reunião de 30 de julho com todos os governadores, em torno do mesmo tema, governabilidade. Isso somado à perda rápida de poder que antes detinha o Cunha, dá a Dilma uma possibilidade imensa de articular com a base congressual. E mesmo os governadores de oposição têm interesse no restabelecimento da normalidade política, porque precisam governar diante da crise.
Há um mês atrás o Ministro Aldo Rebelo já havia sinalizado para esse movimento, o de reconstruir a base. Isso será consolidado no jantar do dia 3 de agosto envolvendo todas as lideranças da base parlamentar no Palácio da Alvorada e na liberação de 1 bilhão em verbas parlamentares. Movimento preciso e necessário.
A reconstrução da base e o diálogo com os governadores é fundamental para se equacionar o movimento golpista dentro do TSE e do TCU. Se há irregularidades no financiamento das campanhas, que é comum a TODOS os partidos, que isto se reflita na reforma política, com a proibição das doações empresariais, e não que se torne instrumento de golpe contra uma Presidente legitimamente eleita! Se há imprecisões na forma como a fazenda pública realiza suas operações financeiras com os bancos públicos, coisa comum aos últimos 6 mandatos presidenciais, que se corrijam as falhas, mas absolutamente se use isso como disputa política para golpear um governo legitimado pelas urnas!
Em todos esses movimentos recentes, ganha Dilma, perde Aécio. Dilma ganha ares de Estadista, de uma líder que jamais saiu de seu papel conciliador e de suas responsabilidades administrativas, mesmo nos momentos mais complicados. Aécio ganha ares de um play boy mimado que brinca com a democracia para fazer disputa interna no seu partido. Ao perder Minas Gerais para o PT e ser derrotado por Dilma em seus domínios, Aécio perdeu força diante de Alckmin e Serra, daí sua obsessão em não deixar a eleição acabar, partindo para o terceiro turno e para o golpe.
Aécio se torna uma figura menor, aliado do Revoltados Online. Triste papel para quem no passado tentou passar a imagem de um novo Tancredo.
Agosto está chegando e com ele o desfecho dessa crise. Dilma fez seus movimentos e sai na frente no enfrentamento do golpismo.
Passado essa fase confusa, é hora de começar a governar de verdade, implementar políticas que de fato reaproximem Dilma de seu eleitorado, recuperando paulatinamente sua popularidade.
A vitória de Dilma é a vitória do projeto nacional, é a vitória do povo brasileiro e da possibilidade de um futuro mais soberano, como disse muito bem o Ministro Mangabeira Unger nessa entrevista aqui ao Conversa Afiada.
Estamos juntos!
Ricardo Jimenez
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