É cada vez maior o número de progressistas que se perfilam contra o golpismo declarado pela aliança entre Eduardo Cunha, Aécio Neves e, agora, com o claro posicionamento de Michel Temer, o vice que envia carta.
Artistas, intelectuais, CNBB, sindicatos, movimentos populares enfim,sente-se no ar a mesma sinalização de unidade progressista que ocorreu da metade para o fim do processo eleitoral de 2014. Ali, naquela altura, da sacada do TUCA em São Paulo, pulando com a juventude, Dilma deu o tom da vitória.
Passada a eleição, muitos representantes daquela unidade formada se afastaram, inclusive a população comum, e por razões óbvias: a política econômica adotada desagradou e permanece desagradando a todos, menos ao setor rentista, que ganha sempre e cada vez mais.
Essa fragilidade do início do mandato de Dilma deu força para a oposição fazer crescer o golpismo. É a lava-jato seletiva em parceria com a mídia, é Cunha transformando a Câmara dos Deputados num chiqueiro, é o PSDB sonhando em chegar ao poder contornando a necessidade do voto.
Mas eis que a ânsia da oposição golpista acabou gerando as condições de uma rearticulação da unidade dos setores progressistas. Não para defender o governo Dilma, mas para defender três coisas: a moralidade (ameaçada por um pedido de impeachment conduzidos por imorais contra uma mulher honesta), a democracia (ameaçada por um conluio rasteiro e anti-democrático) e as conquistas sociais (pois à essa altura ninguém mais duvida das intenções dos golpistas, ou seja, reintroduzir o neoliberalismo goela a baixo do povo brasileiro, sem passar pelo voto, e manter a farra do financiamento empresarial de campanhas).
É nesse sentido que a Frente Brasil Popular vai às ruas no dia 16 de dezembro: Não ao Golpe, Fora Cunha e Muda Dilma!
O próprio PT se verá absolutamente contemplado nesta pauta, já que deu sinais claros ultimamente de que se sente incomodado com a atual política econômica.
Temos a grande chance de vencer o golpe e dar uma guinada na economia, trazendo de volta aqueles que deram a Dilma 54 milhões de votos em 2014 apesar da já haver naquela altura toda a atual estrutura golpista já montada, incluindo a mídia.
Que Dilma e seu governo consigam enxergar isso.
Todo apoio à Frente Brasil Popular!
Ricardo Jimenez
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