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domingo, 28 de fevereiro de 2016

Ao pedir renúncia de Dilma, Aécio dá mais um passo ao rodapé da história!


Estivéssemos nós em um país mais democrático e justo, Aécio, ao invés de tentar dar conselhos a uma Presidente eleita, estaria tendo que se explicar no caso Furnas. Ele e a cúpula do PSDB. Mas como sabemos que nossa democracia é claudicante, muito por causa do nosso sistema monopolizado e elitista de mídia, Aécio tem o espaço e a petulância de desfilar seu golpismo abjeto nas telas da televisão.

Aécio é um político menor. Não se sabe nenhuma tese política que ele defenda, não há na sua história parlamentar um único debate profundo que tenha participado e sustentado, pelo contrário, Aécio tem uma produção parlamentar frouxa.

Ao ficar escondido atrás das alterosas e protegido pela mídia mineira ( que a ele pertence), Aécio conseguiu disfarçar sua menoridade política e se projetar nacionalmente como um democrata herdeiro político de Tancredo.

Nada disso.

Bastou que saísse um pouco de Minas (ou do seu apê carioca) para o Brasil ver quem é Aécio. Gazeteador, faltoso no parlamento, administrador que aparelhou e faliu Minas Gerais e, como mostra a bela reportagem do Diário do Centro do Mundo compartilhada no final desse artigo, sua postura de 'democrata' nada tinha a ver com altruísmo político. Ao afagar Lula, na época das vacas gordas, Aécio tinha interesse em Furnas, no seu preposto Dimas Toledo.

Aécio é o típico produto da política brasileira, um fruto podre cultivado pela elite para defender seus interesses. Protegido pela mídia, distante dos debates mais profundos (para não escancarar seu despreparo) e mimado pelo seu estafe mais próximo. Um vazo embelezado, sem enraizamento popular, preparado para ser vendido eleitoralmente e, uma vez no poder, ser o serviçal da Casa Grande.

Ao perder a eleição de 2014 e ver seu sonho de ser Presidente aniquilado, o produto da elite mostrou as garras.Sua frase dita a poucos dias "Dilma podia ter um gesto de grandeza e renunciar para o país construir um novo caminho" se insere no panteão das vergonhas nacionais.

Aécio fala pelo golpismo, pela mídia, pelos interesses estrangeiros. O novo caminho é a entrega do pré sal, é a privatização da Petrobrás, é a constitucionalização da grana empresarial em campanhas, é o processo neonazista de criminalização do PT, é a mudança na demarcação de terras indígenas, é a lei anti-terrorismo, é a privatização da Previdência, é a terceirização trabalhista,é a aliança com Eduardo Cunha e é o fim do Estado Democrático de Direito apoiado por instâncias dissidentes dentro do aparelho de Estado.

Aécio fala em nome do atraso nacional, em nome do entreguismo existente desde de tempos imemoriais. Aécio fala em nome daqueles que querem reimplantar no país um modelo neoliberal à revelia do voto, o que é gravíssimo.

Mas a história vai cobrar o seu preço.

A luta pela democracia e pela soberania nacional tem a marca do sangue de heróis nacionais, é algo valioso, caro ao coração da nação. A luta popular não terminou e nem terminará. O Brasil é infinitamente maior que Aécio e seus sustentadores.

Aécio vai passar, se já não passou, e o rodapé da história fará jus ao seu nome.

Ricardo Jimenez

Documentário do DCM, vale cada minuto:

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