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segunda-feira, 22 de fevereiro de 2016
O Golpe não acabou! Eles querem o poder de volta!
O golpe contra o mandato legítimo dado a Dilma através do voto popular na eleição de 2014 não morreu, pelo contrário, ganha novo capítulo com a união da lava jato com a ida de Gilmar Mendes para a Presidência do TSE em março.
Como já perceberam que no quesito corrupção Dilma é intocável e sabendo que no voto o caminho é complicado, eles conduzem o golpe ao tapetão do judiciário eleitoral.
O projeto de retorno da direita ao poder central está aceso desde 2005, quando do escândalo midiático do 'mensalão' do PT (pois o 'mensalão' tucano tende ao esquecimento). Lá tentaram derrubar Lula transformando caixa dois em crime de quadrilha (extinto pela segunda turma do STF).
Não deu certo.
Lula se reelegeu, elegeu e reelegeu sua sucessora.
Surge o 'petrolão'. Em seu bojo toda uma estrutura podre de financiamento empresarial de campanhas envolvendo propinas pagas em cada obra realizada entre poder público e empreiteiras. Prática comum desde os tempos das caravelas.
Ao invés de buscar limpar o país da prática, investigando tudo e todos, a lava jato se torna uma caça aos petistas e um instrumento político aliado aos interesses do PSDB. Todas as informações que levam o 'petrolão' para além de 2003 'não vem ao caso', todas as citações que atingem o líder da oposição e candidato derrotado em 2014 'não vem ao caso'.
O STF, acertadamente, proíbe as doações empresariais em campanhas por entender que este é o coração da corrupção no país. Quem se levanta contra? As mesmas forças que tentam passar, via mídia amiga, que a lava jato objetiva o combate à corrupção: a mídia, o PSDB, Eduardo Cunha (cuja prática lhe deu uma bancada particular) e Gilmar Mendes.
Mas eles vem perdendo a guerra. Nada consta contra Dilma. As provas contra Lula carecem de substância. Eduardo Cunha, o símbolo maior da relação podre entre política e empresas, foi atropelado por sua própria conduta e se mantém no cargo (e solto) somente porque não interessa ao sistema tirá-lo de lá agora, sem o golpe concluído. Aécio, FHC e o PSDB seguem sendo eles mesmos, hipócritas e sem diálogo com o povão.
Os blogs progressistas e as mídias sociais fazem o contraponto à mídia tradicional e já não é mais possível manipular o povo como antes.
As forças progressistas e de esquerda aos poucos buscam se organizar e irem à luta contra o golpe e contra o ajuste fiscal. Foram elas que, através da mobilização, criaram o movimento fora Cunha e empurraram os golpistas contra a parede no ano passado.
Mas eis que surge a luz no fim do túnel: Gilmar Mendes sentará na cadeira de Presidente do TSE.
O caminho é claro: já não é mais questão de caixa dois. Agora é questão de caixa um! Isso! O golpismo contestará as doações legais, repito, legais à campanha de Dilma. O dinheiro doado legalmente veio por via do 'petrolão' e, portanto, a chapa vencedora deve ser cassada e Aécio empossado. Eis o golpe.
O PSDB no Parlamento busca se aproveitar do clima de crise e dificuldades de governabilidade para emplacar projetos neoliberais como entregar o pré-sal e vender as estatais à revelia do voto. Nos Estados, busca privatizar a educação pública. Mas isto é pouco. Eles precisam voltar ao poder central, coisa vital para eles, para a mídia e para os interesses internacionais.
O PSDB trama sua volta ao poder central à revelia do voto, porque voto é apenas um detalhe. Trama voltar ao poder central levando o país a uma crise sem fim, porque o futuro do Brasil é apenas um detalhe.
Ricardo Jimenez
Tudo está contido em sua conclusão, Ricardo Jimenez : "O PSDB trama sua volta ao poder central à revelia do voto, porque voto é apenas um detalhe. Trama voltar ao poder central levando o país a uma crise sem fim, porque o futuro do Brasil é apenas um detalhe."
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