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quinta-feira, 7 de abril de 2016

Explica Sr. Secretário da Educação: Estado órfão ou financiador dos ricos?

No final da noite de ontem li o artigo publicado no site da educação do estado de São Paulo assinado pelo jurista, o Sr. secretário de educação José Renato Nalini.

Em seu artigo, chamado "Sociedade órfã", ele defende a tese que a sociedade se acostumou com os direitos fundamentais que garantem ao cidadão a liberdade, a participação política, a saúde, a educação e todos aqueles direitos que são indispensáveis para o pelo desenvolvimento dos indivíduos e da democracia. E que essa "proliferação dos direitos fundamentias" gera uma citação de anomia e comodismo na sociedade.

Acusa o Estado de paternalismo ao investir em programas sociais de equidade como incentivador da preguiça e do comodismo. Apoia as concepção tradicionais de família, de educação e de estado mínimo para os pobres e estado máximo para os ricos.

Mas como isso é relevante? É relevante pois deixa claro quais são as intenções da ações políticas adotadas pela secretaria da educação do estado de São Paulo e desse governo tucano que joga bombas em alunos que pedem melhores escolas e mais valorização dos professores.

Também é bem interessante notar que o Sr. secretário da educação não conhece nada de políticas sociais nem do conceito de "estado de bem estar social" (welfare state). Alias ele não entende isso para os professores e estudantes, mas para os juízes ele sabe bem o que é. Assista ao vídeo abaixo e tire suas dúvidas.

Agora assista ao vídeo novamente e troque a palavra "juízes" por "professores" e você caro leitor, cara leitora vai entender a nossa luta pela valorização dos professores.

E só para finalizar, o Sr. secretário poderia escrever uma artigo explicando onde foram aplicados os recurso do fundeb transferidos para o estado, onde estão os documentos dos desvios de merenda escolar e os culpados. No entanto, o Sr. Secretário prefere atacar as conquistas democráticas, sociais e econômicas das populações mais desvalidas do que dar explicações de fatos hediondos que ocorrem em sua pasta.

Penso que já é hora de um pedagogo comprometido com a educação assumir a pasta da educação e não um administrador ou jurista com mentalidades fordistas e neoliberais. É hora de uma proposta pedagógica de libertação e de construção de consciência histórica. Só assim, poderemos ter profissionais valorizados e bem pagos para que adoeçam menos na rede e uma educação que promova o humano e não as empresas e o mercado.


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Fabio Soma - Filósofo  e Pedagogo.


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