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sexta-feira, 29 de abril de 2016

Se o vice conspirador também pedalou, tem que cair junto!!

O Brasil vive um momento delicado, onde um sujeito que ocupa o cargo de vice-Presidente há mais de 6 anos de repente se torna um conspirador contra a sua cabeça de chapa e, na maior cara de pau, já monta o 'seu ministério' sem ter ao seu lado a legitimidade do voto.

A coisa se complica ainda mais quando, tirando o lenga lenga golpista, um processo de impeachment se desenrola sem que se tenha contra a titular do cargo um único crime de responsabilidade que possa embasar o processo.

Todos já sabemos nessa altura do campeonato que o impeachment trata-se de um golpe, um movimento político comandado pela elite midiática, pela elite empresarial paulista e pelo setor mais podre e fisiológico da política, representado pelo PMDB de Cunha e Temer e pelo PSDB perdedor de eleições, e montado para se tomar o poder do governo central à revelia do voto para se aplicar as pautas do modelo neoliberal interrompidas em 2003 e para afastar o Brasil da esfera dos BRICS.

Mas se o golpismo busca pavimentar o golpe em cima do argumento das 'pedaladas', não é possível se fechar os olhos para o fato de que o vice conspirador também, no exercício do mandato na ausência da titular, também 'pedalou'!.

Diante disso, um futuro governo Temer, apoiado pelo poder de Eduardo Cunha e sua base sustentada na propina, será ilegítimo em dois sentidos. Primeiro porque o vice conspirador não tem voto, é rejeitado pelo povo e, segundo, porque o vice traíra também praticou os mesmos 'crimes' que os golpistas atribuem a Dilma.

Essa questão sobre as pedaladas deve ser algo a ser levado ao STF e às ruas, caso esse ilegítimo governo Temer venha mesmo a se constituir (eu ainda tenho algumas dúvidas e acredito que ainda há luta).

Ricardo Jimenez

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