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quarta-feira, 11 de maio de 2016

Ocupa Filô: estudantes ocupam diretoria da FFCLRP e exigem novas eleições!

O blog O Calçadão divulga nota de esclarecimento dos estudantes que estão ocupando a Diretoria da Faculdade de ciências e Letras da USP Ribeirão Preto.

Nota de esclarecimento sobre a Ocupação na Diretoria da FFCLRP
Nós, estudantes da FFCLRP da USP, viemos por meio desta tornar público os motivos da Ocupação na Diretoria.
No dia 05 de Maio de 2016 ocorreram as eleições para diretor e vice da FFCLRP por meio do Colegiado (órgão composto pelas 3 categorias: docentes, funcionários e discentes). Neste Colegiado, docentes representaram 91% dos votos, funcionários 2%, e discentes 7%, situação discordante do que prevê a LDB, segundo a qual 70% dos votantes devem ser docentes, 30% funcionários e alunos. Nessa tarde, nós, estudantes em desacordo com o formato inconstitucional do processo eleitoral, fomos impedidos de entrar para acompanhar a votação.
A USP é uma Autarquia (expressão de origem grega que significa comandar a si mesmo, exerce poder sobre si) com um Estatuto próprio (documento que define e regulamenta as relações, normas e diretrizes da instituição). Este documento entrou em vigor em 1972, durante a Ditadura Militar, antes da LDB de 1996 (Lei de Diretrizes e Bases que regulamenta, a nível Federal, o sistema educacional público e privado – Constituição Federal, capítulo IV, art. 56, parágrafo único) e a fere em diversos aspectos, entre eles, os processos eleitorais e tomadas de decisão dentro da USP.
Não nos sentimos representados! Ainda mais quando um dia antes lançou-se virtualmente uma consulta pública, expressando de maneira clara a escolha de diretor da nossa faculdade, onde a Chapa I teve 214 votos somando docentes, alunos e funcionários e a Chapa II 477. O resultado é ainda mais expressivo quando fazemos um recorte para o número de alunos votantes, dos quais 82 votaram na Chapa I e 384 na Chapa II.
Estamos ocupando o espaço à frente da Diretoria como forma de reivindicação de novas eleições sob novo formato que respeite e represente verdadeiramente a vontade de alunos, funcionários e professores.
Gostaríamos de frisar que nossa movimentação não se reduz à insatisfação com o resultado da votação, ou seja, a luta não é para eleger uma chapa específica. Mas expressa que não aceitamos este processo político que se respalda num Estatuto defasado, que não respeita a legislação brasileira e nem a comunidade. Estamos em defesa da construção de uma democracia efetiva, plena e verdadeira. Sobretudo quando se trata de uma instituição pública de ensino superior.
Apoio:
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