O Brasil do golpe caminha para um futuro surreal no médio prazo.
Enquanto a ala tucana, que voltou ao governo central pela porta dos fundos do golpe, exige o sangue do Estado brasileiro, exige o fim do SUS, da educação pública e da Previdência em prol dos interesses do neoliberalismo, a ala do PMDB fisiológico vai esticando a corda do orçamento para manter sua estrutura de poder baseada no toma-lá-da-cá.
O orçamento nacional, combalido por uma estrutura tributária torta, e a infraestrutura do país, ainda em construção, não suportarão.
Se sabe que por aqui, desde 1995, no governo FHC (e não corrigido nem por Lula e nem por Dilma), o grande empresariado conta com um paraíso fiscal interno. A lei de 1995 isenta a classe empresarial de pagar imposto de renda sobre lucros e dividendos, a maior fatia de renda da nata empresarial.
Sabe-se também que a maior parte do setor empresarial brasileiro já não vive mais do investimento e produção, vive da ciranda financeira, são rentistas.
E agora o interino cria mais uma: usará o BNDES para financiar empresas em situação falimentar. Para proteger os empregos? Não, para salvar os empresários.
Uma empresa X vai ao BNDES pega a grana pública e compra a empresa Y, que está para falir. E aí, o que o Estado leva nisso?
O BNDES é um banco de fomento, foi criado para catapultar os negócios, facilitando a compra de maquinário destinado à produção e à geração de emprego. É disto que o país precisa, de uma política anti-cíclica.
Mas o PMDB, que está gastando as burras do dinheiro público para financiar o impeachment, cria mais uma bolsa empresário.
O limite desta brincadeira está chegando, e rápido.
O Calçadão
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