O deputado federal Wadih Damous denuncia que a agenda do Chanceler interino José Serra indica uma reunião com os poderosos da Shell no Palácio do Itamaraty.
Qual teria sido o assunto, pode se perguntar o leitor?
Bom, enquanto esteve como Senador, Serra teve como prioridade passar um projeto que abre o pré-sal às multinacionais. Serra, desde 2010, milita por esta causa.
Ao abandonar seu mandato de Senador e assumir o Itamaraty no governo interino, Serra dá sequência ao seu principal trabalho, entregar o pré-sal. Simples.
O Brasil conta com uma reserva estimada de 200 bilhões de barris na camada pré-sal. O Brasil conta com uma das empresas mais capacitadas para explorar petróleo em águas profundas. O Brasil tem a possibilidade de construir toda uma cadeia produtiva, científica e tecnológica a partir do pré-sal. Por isso, o Brasil definiu explorar o pré-sal pelo modelo de partilha e com conteúdo nacional.
Eis o que incomoda as grandes multis do setor petrolífero. A política do petróleo definida pelos governos Lula e Dilma apontam para um desenvolvimento soberano de um país sul-americano e com possibilidade de se tornar em menos de uma década um player (competidor de ponta) no setor de petróleo.
As multis petrolíferas, a maioria delas em dificuldades financeiras, jamais poderiam permitir isso.
E há sempre a possibilidade de agir na desestabilização do país como ferramenta de conquista. E, para isso, sempre contam com os vendilhões da pátria, que não se negam a vender o seu país e não se envergonham de fazer isso dentro da sede do Ministério das Relações Exteriores do Brasil.
O Calçadão
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