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sexta-feira, 11 de novembro de 2016
Cheque de 1 milhão pode dar ao Brasil um presidente tucano em 2017! Por Ricardo Jimenez
O processo de golpe, chamado de impeachment, começou já em 2014 quando a parceria mídia/Lava Jato, através de seus vazamentos seletivos, fez de tudo para evitar a vitória de Dilma. Lembremos da capa da Veja na véspera do segundo turno: "Dilma e Lula sabiam de tudo", fazendo alarde com o 'vazamento' de uma possível delação de Cerveró.
O golpe deu sequência assim que as urnas revelaram que Dilma havia vencido. O PSDB e Aécio não reconheceram a derrota, pediram recontagem de votos, colocaram em suspeição as urnas eletrônicas (aliás, Aecinho podia pedir recontagem de votos em BH, em mais uma de suas derrotas em Minas) e solicitaram ao TSE a diplomação de Aécio.
O TSE, apedido do PSDB, abriu investigação sobre as contas da campanha da chapa Dilma-Temer por 'recebimento de propina' de empreiteiras ligadas à Lava Jato (sem levar em conta que a grana empresarial irrigou também as contas de Aécio e de Campos/Marina, mas isso não vem ao caso).
O caminho via TSE sempre foi um trunfo tucano no processo golpista.
Mas eis que o PMDB dos caciques, quase todos enrolados na Lava Jato, se mostrou uma via mais rápida de poder.
Primeiro Eduardo Cunha, aliado integral dos tucanos no impeachment. Depois que Dilma cortou suas mamatas na Petrobrás e em Furnas, Cunha, e seus 100 deputados à tira colo, caíram no colo do tucanato.
Em um grande acordo de cavalheiros, Cunha aceitou o pedido de impeachment sem provas encomendado por 45 mil reais pelo PSDB a uma de suas filiadas, a revoltada online Janaína Pascoal. Na sequência, um vice decorativo resolve trair e adere ao golpe junto com a turma fisiológica que o acompanha..
Contando com a parcimônia do STF, que levou 6 meses para julgar o afastamento de Cunha, o resultado foi como todos sabemos.
Acontece que a trupe do PMDB está toda na Lava Jato e é muito ruim de governo, uma vez que só atuam nas sombras.
A trupe do PMDB é uma ameaça à Lava Jato e seus planos maiores, de tornar o Brasil um país onde a esquerda e os movimentos sociais sejam criminalizados e a política seja engessada e controlada por aliados confiáveis ao sistema policialesco e ao 'mercado'. Leia-se: tucanos!
A frase de Jucá "precisamos estancar essa sangria e parar essa porra" está devidamente registrada em Curitiba.
Pois, vejam que está de volta com toda a força a via golpista do TSE.
Mesmo com as desavenças internas no golpismo, como a aberta por Gilmar Mendes que por hora enfrenta Moro e se aproxima de Temer, a via TSE avança.
E nesta semana a defesa de Dilma deu mais combustível a isso (as razões ainda serão vislumbradas, mas certamente foi com muito gosto que fizeram).
O cheque de 1 milhão da Andrade Gutierrez nominal a Temer desmonta sua tentativa de separar as finanças de sua campanha das de Dilma e coloca a cassação da chapa na ordem do dia.
Se isso ocorrer, o Congresso elegerá um Presidente por via indireta para comandar o país atéjaneiro de 2019! Um Presidente tucano, filiado ou não ao PSDB!
Esse é o golpe!
Os tetra derrotados tucanos enfim de volta ao poder de fato sem precisar passar por aquela coisa chata chamada voto popular.
Será o triunfo do neoliberalismo, hoje já parcialmente retomado no governo Temer, comandado ideologicamente pelo PSDB na Petrobrás, na Fazenda, na Diplomacia, no BNDES e na Educação.
Em 2014, 54 milhões de brasileiros votaram em Dilma, tiveram seus votos rasgados por um grande e articulado movimento golpista. Em 2017, essa maioria terá que amargar, provavelmente, um governo tucano sustentado por um Congresso eleito na base do 'cunhismo'.
Esse é o futuro que se vislumbra.
Ricardo Jimenez
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