A
primeira condição para modificar a realidade é conhecê-la, já afirmara Eduardo
Galeano. Contextualizá-la, relacioná-la e ver as semelhanças com a realidade
local torna-se uma exigência no atual momento de perdas de direitos.
Perto
da cidade de Cajamarca, nas montanhas do norte do Peru, estão lagos, montanhas,
lagoas e comunidades indígenas. A empresa Yanacocha quer destruir tudo e
implantar na região uma mineradora de ouro e cobre. É contra essa exploração
que luta a camponesa Máxima Acuña de Chaupe.
Agricultora,
ambientalista, vencedora do Prêmio Goldman[1] por sua luta em defesa da
água e contra as multinacionais, Máxima Acuña de Chaupe pode ter o mesmo fim de
Berta Cáceres, de Honduras, se a opinião pública internacional não agir
rapidamente em seu favor. A ganhadora do
Goldman e sua família tem sofrido constantes ameaças, mesmo após a Comissão
Interamericana de Direitos Humanos (OEA) e a Anistia Internacional se mobilizarem
em sua defesa.
Suas
terras foram invadidas, suas plantações e cabana foram destruídas, ela mesma já
chegou a ser agredida por funcionários da mineradora após ganhar um litígio de
terra contra a empresa. As ameaças a sua família têm sido uma constante.
[1] O
Prêmio Goldman é um prêmio concedido anualmente como recompensa a defensores da
natureza e do meio ambiente, dividido em 6 categorias, de acordo com a zona
geográfica: Áfria, Ásia, Europa, nações insulares, América do Norte, América
Centra e América do Sul.
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