Lentamente a razão e a lucidez começam a voltar nas mentes de algumas figuras importantes, seja no meio político, seja no meio empresarial, no seio do povo e até no meio jurídico.
Os desmandos e a seletividade da chamada 'República de Curitiba', apoiadas por uma intensa campanha de mídia e por manifestações conduzidas por grupos financiados por fontes de origem duvidosa, vão se despindo aos olhos de todos.
O golpe contra o mandato legítimo de uma Presidente honesta vai mostrando sua cara perversa contra a democracia, os direitos básicos do povo e as riquezas e a soberania nacional.
Muito está contribuindo para isso a voz poderosa e constante do ex-Ministro da Justiça de Dilma, o jurista e membro do MP Eugênio Aragão.
Aragão atua na desconstrução do discurso golpista, agindo mais especificamente contra as falácias e atitudes dos membros do MP ligados à 'República de Curitiba'.
Aragão é a voz que grita e incomoda os golpistas, porque é a voz que surge das entranhas do próprio MP, que alguns acreditam ou acreditavam que estava totalmente fechado em torno do golpe.
Contra as tais '10 medidas contra a corrupção' propostas pelo MP, sob a liderança do promotor-messiânico Deltan Dallagnol, Aragão foi perfeito: "os avanços democráticos se fazem defendendo a Constituição e não agindo contra ela", mostrando que as '10 medidas' não passavam de uma tentativa do MP de se colocar acima da Carta Magna, com o objetivo imediato de fazer jogo político contra o PT e Lula.
Aragão simplesmente desmontou Rodrigo Janot, Procurador-Geral da República e esteio maior das ações perpetradas pela 'turma do Moro', em uma histórica carta aberta que você pode ler nesse post da Revista Forum.
E, ultimamente, Eugênio Aragão tem se batido em duas frentes. participa da montagem do Comitê pela anulação do impeachment e no desnudamento da incapacidade de Alexandre de Moraes (PSDB-SP) de estar à frente do Ministério da Justiça.
Para Aragão, "o Ministério da Justiça é muito para a caçambinha de Moraes".
Desde que assumiu, na cota do PSDB de São Paulo, parceiro maior no golpe contra Dilma quando convenceu Temer a trair por medo da Lava Jato, Moraes só tem feito trapalhadas. Insinuou em Ribeirão Preto, em plena campanha municipal, que sabia da prisão de Palocci no âmbito da Lava Jato, buscando lucrar politicamente a favor do candidato tucano da cidade; tem se mostrado incapaz de lidar com a crise das chacinas em presídios promovidas por facções criminosas, dentre outras trapalhadas que você pode ler nesse post do The Intercept Brasil.
Moraes só permanece no cargo porque é tucano e o PSDB é, de fato, o verdadeiro mentor e base de sustentação do desgoverno Temer.
Há momentos onde a atuação de algumas pessoas se tornam históricas. Certamente será esse o caso de Eugênio Aragão, quando, no futuro, voltarmos os olhos para este momento da vida nacional, da luta em defesa da democracia promovida por gente que honra e respeita o Brasil.
Em frente, Eugênio Aragão!
Blog O Calçadão
Nenhum comentário:
Postar um comentário