Foto: Filipe Peres
Por Sandro Cunha (Professor Sandrão)
Através
do anúncio das 30 medidas saneadoras e das primeiras resoluções econômicas do
governo de Nogueira, ficou claro o propósito neoliberal de enxugar os gastos
públicos ao máximo, mesmo que precarizando os serviços públicos essenciais e
que são direitos constitucionais do munícipe. O furor arrecadatório do novo
governo parece não ter limite, pois na primeira semana, já aumentou a CIP
(Contribuição de Iluminação Pública) em 17,6%, que passou de R$ 7,46 para R$
8,78, o pagamento do servidor municipal, que era feito no último dia útil, a
mais de 25 anos, passou para o 5º dia útil, no claro propósito de ganhar tempo
para arrecadar mais e aplicar o dinheiro em caixa por mais cinco dias úteis e
adiou o repasse da contribuição do IPM (Instituto de Previdência Municipal),
alegando não ter dinheiro em caixa.
O furor arrecadatório de Nogueira pode ser
comprovado, ao descrevermos algumas das principais medidas saneadoras
anunciadas: aumentar a contribuição previdenciária do servidor municipal de 11%
para 14%; restrição ou extinção do passe livre aos estudantes; atualização da
planta genérica para aumentar o IPTU; aumentar a cobrança de ISS, em função da
implantação da Região Metropolitana; incentivo ao pagamento antecipado do IPTU
com desconto; aumentar a efetividade na cobrança da dívida ativa; aumentar o
percentual de ICMS para a cidade; implementar uma taxa ambiental e suspensão do
pagamento dos 28,5% aos servidores municipais. Essas medidas, se implantadas,
aumentarão os gastos da população em geral e dos empresários com impostos e diminuirá
o salário dos servidores, que terão menor poder de compra e investimento,
gerando menos investimentos empresariais, menor geração de empregos e diminuição
do consumo, ou seja, mais recessão, desemprego e crise.
O novo governo elegeu o servidor público
municipal como o único responsável pela crise na nossa cidade, passando a
imagem para a população que o servidor é um demônio privilegiado, que ganha um
salário altíssimo e está cercado de privilégios, portanto, não faz jus ao
reajuste anual da inflação no dissídio, como qualquer trabalhador no país, e
precisa ter esses privilégios retirados rapidamente pelo atual governo
saneador. Essa é a visão de Nogueira e seus comissionados. Para eles o servidor
só dá gastos e não presta serviços adequados a população. Na verdade, isso faz
parte de um discurso privatista neoliberal, com o único propósito de sucatear
os serviços públicos para depois privatizá-los e acabar com os direitos básicos
e constitucionais da população brasileira, como o direito a educação básica e a
saúde, gratuitas e de qualidade.
A demonização do servidor pode ser
constatada em 14 medidas saneadoras propostas por Nogueira: aumentar em 14% a
contribuição do servidor ao IPM; diminuição do horário de funcionamento das UBS
para enxugar gastos; recadastramento de servidores alegando fraudes (Para o
governo, servidor, além de ganhar bem e ter muitos privilégios é fraudador);
suspensão do pagamento dos 28,5%; reajuste ZERO aos servidores; suspensão dos planos
de cargos, carreiras e salários; suspensão do pagamento em dinheiro da
licença-prêmio e terça parte negociável das férias; fiscalização no
processo de aposentadorias para evitar fraudes. (Para o governo, servidor, além
de ganhar bem e ter muitos privilégios é fraudador); atualizar férias antes da
aposentadoria para não pagar em dinheiro; rever incorporações de gratificações;
rever privilégios funcionais da administração direta e indireta; rever
processos de afastamento e rever acúmulos de benefícios de previdência.
É extremamente injusto esse processo de
demonização do servidor municipal, imposto pelo atual governo. Os servidores
prestam os serviços fundamentais a população, diariamente e
indiscriminadamente, em todos os bairros da cidade, enfrentando diariamente uma
série de adversidades, desde a falta de segurança até a falta de produtos
básicos e materiais nas unidades de saúde, escolas, creches, por exemplo, e não
merecem ser tratados como se fossem os responsáveis por toda a crise que nossa
cidade vive. Prefeito Nogueira, nós servidores estamos em todos os bairros
periféricos da cidade, todo dia, procurando atender dignamente a população que
mais precisa, aquela população que o senhor só lembra de visitar em época de
eleição.
Perfeito! Sem mais...
ResponderExcluirPois é Prof Sandro, muito nos admira que o novo chefe do executivo tendo 52 anos de idadehttps://www.acidadeon.com/ribeiraopreto/cotidiano/policia/NOT,2,2,1219182,Sevandija+sai+a+caca+de+valores+desviados+para+repor+cofrepublico.aspx e formação acadêmica em Eng Ambiental fazer uma lama dessa.
ResponderExcluirO comportamento deste Sr não condiz com o próprio curriculum, nem mesmo semelhança tem com o próprio pai " que Deus o tenha ".
Apresentando assim como neoliberalismo e tirania.
Portanto, servidores publicos são peças fundamentais que movem a máquina, atendem a população e aquecem mercado financeiro. Como se fossem "culpados ou réis" estão à risco de perderem seus direitos adquiridos ao longo da carreira pública, serão penalizados por as algo que não devem ?!.
Pois muito bem Sr Nogueira, vc bem que poderia ser radical,já que se acha tão justo e os servidores pelo vosso comportamento " culpados como desgraça nos cofres públicos", tenha vc atitude exemplar e abra mão de seu salário de aproximadamente R$30.000,00 e demais benefícios q vc sabe muito bem quais estamos dizendo, seja exemplo por gentileza e coerente como se auto_promove.
Portanto vale lembrar e aliás muito bem lembrado a lei e resoluçao na tocante isonomia, que abrange a todos servidores, ora uma vez prefeito também é servidor ou esta realidade não tem fé pública ?
A verdade doe à luz do dia e a transferência da verdade nos liberta à cegueira alheia.
Em sumo: pimenta no orifício corrugado rico em pregas, é refresco.
Vc é tão influente com seu amigo e Governador Geraldo Alkimin como tem dito em suas campanhas através de discursos, que tem acesso a câmara Federal e a figuras publicas importantes, mostre portanto a População está sua moral e respeito, é que de fato é admirado pelos atuantes governos das esferas Estaduais e Federais.
População cansada de blá, blá, blá, é muita conversinha e pouco resultado na prática.