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sexta-feira, 17 de fevereiro de 2017
Atacante contra Lula, Moro vira zagueiro no time de Temer. Corrupção dominando e economia desaba!
O jogo é muito simples de ser analisado.
Lula, com 85% de aprovação popular, realiza o maior processo de nacionalização do petróleo dos últimos 50 anos, criando o modelo de partilha do pré sal e a política de conteúdo nacional na criação de uma completa cadeia produtiva envolvendo o setor científico, tecnológico e industrial.
A Petrobrás se torna uma das maiores empresas do mundo, centenas de milhares de empregos gerados na construção naval e no setor de engenharia. As empreiteiras brasileiras se tornam competidoras no mercado global.
Com Lula, o Brasil levantou o nariz diante do mundo e ameaçou construir a partir da América do Sul um player capaz de atuar na geopolítica dominada por uma meia dúzia de detentores de poder e bombas atômicas.
A construção do acordo dos BRICS foi a maior novidade geopolítica pós queda do muro, em 1989.
Com Lula e Dilma o desemprego recuou para 4%, 40 milhões foram economicamente incluídos, a oferta de educação técnica e superior avançou e os mais pobres chegaram à universidade.
Foi contra isso, contra tudo isso, que o golpe se levantou.
A vitória de Dilma em 2010 já foi duro de engolir para o sistema golpista. O entreguismo do pré sal já estava pronto nas promessas de Serra à Chevron. Os movimentos de 2013, influenciados pela mídia, deram o sinal do que viria: anti-Copa, anti-Olimpíada, anti-Dilma, anti-PT, anti-Lula.
2014 era o momento. A Lava Jato já estava montada e a todo vapor contra Dilma e Lula. Os vazamentos seletivos dominaram a eleição, todos em favor de Aécio.
Uma revista semanal aliada do golpismo solta uma 'capa bomba' na véspera da eleição: "Dilma e Lula sabiam de tudo!".
Mas Aécio perdeu, Dilma venceu, Lula venceu, de novo.
Não era possível permitir. Aécio mobiliza, a mídia mobiliza, a Lava Jato ferve.Os erros de Dilma no início do segundo mandato dão o start: manifestações, Eduardo Cunha assume a Câmara, a Lava Jato vaza e o movimento de impeachment ganha corpo.
O aliado e a base de apoio são chantageados e cooptados (isso se já não estavam cooptados antes de 2014). Os canhões da Lava Jato se voltam para qualquer alvo que interfira no caminho do golpe. Temer trai, se alia ao PSDB e Dilma é retirada de seu cargo sem provas, 54 milhões de votos são cassados, dá-se o golpe.
Em toda essa história houve um grande atacante, Moro, escudado pela mídia e pelo STF.
O atacante não se furtou a comandar uma condução coercitiva sombria e mal explicada de Lula e nem de vazar áudios em que a própria Presidente da República era arapongada ( Um crime com viés político devidamente acobertado pelo STF).
Mas eis que o atacante vira zagueiro!
Mesmo sendo protegido pela omissão do STF, até completar o golpe do impeachment, Cunha está preso e está ameaçando entregar o aliado de anos, mas Moro tem feito de tudo para dificultar o processo.
Mesmo diante de enxurrada de delações e denúncias contra toda a cúpula do governo, tanto do PMDB quanto do PSDB, Curitiba continua perseguindo Lula, e com apoio na nossa corte maior, que também decide com dois pesos e duas medidas sempre contra Lula.
A verdade é que o conluio do golpe derrubou uma Presidente honesta para voltar a assumir o poder no país para, ao mesmo tempo em que mantêm seus nichos de poder, reaplicar a agenda neoliberal, destruindo a economia nacional, destruindo os direitos do povo, entregando as maiores riquezas e agindo criminosamente contra o interesse nacional.
O golpismo olha para o passado e flerta com um país excludente, elitista e dirigido por uma casta de corruptos, e essa política insana de arrocho e destruição da previdência social só irá agravar o caos social que já se insinua no horizonte.
E partem para o tudo ou nada no objetivo de retirar Lula do páreo de 2018, contando que o zagueiro vire novamente atacante e condene Lula mesmo sem provas.
Em um país onde uma Presidente honesta foi derrubada sem provas a democracia e o Estado de Direito padecem.
Blog O Calçadão
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