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terça-feira, 18 de abril de 2017

Greve: Justiça cancela a reconciliação

Fachada da sede do Sindicato dos Servidores Municipais de Ribeirão Preto
Fotos: Filipe Peres
A conversa entre prefeitura e servidores está cada vez mais difícil. A todo momento os poderes constituídos fecham uma porta ao diálogo, uma saída de comum acordo para a greve.

A justiça decidiu mais uma vez contra o trabalhador. Como se não bastasse impedir os servidores do DAERP de aderirem ao movimento grevista, como se não bastasse obrigar professores e guardas do município a voltarem ao trabalho com, pelo menos, 80% de efetivos, praticamente calando o direito de greve.

Enquanto professores e cozinheiras se reuniam na UGT para pautar assuntos que unificassem a educação e pudessem ser levados à direção do sindicato, à mesa de reconciliação entre a prefeitura e os servidores, a juíza  Dra. Luísa Helena Carvalho Pita, cancelava o encontro. A justiça entendeu que "não existe nos autos da ação notícia do cumprimento da ordem que foi determinada pela Justiça à Prefeitura Municipal".

Amanhã, às 18h00,  haverá a assembleia no Sindicato dos Servidores Municipais.

Opinião

Em assembleia organizada pela APROFERP na UGT, servidores
discutem possibilidades de pauta a serem propostas à Comissão de 
Greve do sindicato. Os trabalhadores tinham esperança de ver o 
fim da greve, amanhã, na reconciliação, agora, cancelada.
Os servidores tinham a esperança de uma solução definitiva para o impasse. A decisão inesperada de cancelar a reconciliação faz crescer a tensão entre servidores e o poder executivo de Ribeirão Preto. O que poderia vir a ser um dia de alívio pode se tornar um vulcão prestes a entrar em erupção na quarta-feira.

Se não acontecer nenhuma reviravolta favorável ao servidor, a assembleia de terça-feira, com certeza, será tensa e dramática. A negação da reconciliação só acirrará os ânimos entre servidor e prefeitura.

Este blogue insiste em afirmar: Não existe saída fora do diálogo. Mas parece que para a prefeitura e para a justiça, sim.


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