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sexta-feira, 19 de maio de 2017
Os milhões da Odebrecht e da JBS financiaram o golpe!
Cada vez fica mais claro: um conluio derrubou Dilma Roussef.
Do lado, digamos, político da história estão PMDB e PSDB (e os penduricalhos) financiados por grandes empreiteiras e por grandes empresários com interesse em intensificar sua influência na política e, de quebra, buscar barrar as investigações e restringir a Lava Jato apenas a Lula e ao PT.
Já se sabe da origem e do destino da grana, das contas no exterior, das medidas provisórias compradas, da influência da grana em decisões de governo, da influência da grana sobre o papel de Cunha na condução do impeachment.
Os últimos áudios revelados pelos irmãos JBS só desnudam por completo algo já plenamente sabido desde a revelação dos 40 milhões negociados dentro do Jaburu.
Por outro lado, há o setor operacional, jurídico-policialesco, com o relógio de atuação acertado com o relógio político, entrando em ação sempre para prejudicar o PT e os petistas.
Os exemplos são fartos: vazamento da delação do Yussef na ante-véspera da eleição de 2014, vazamento de áudios da Presidenta da República interferindo em sua nomeação de Lula ministro, vazamentos e operações realizadas na véspera das micaretas coxinhas, turbinadas e transmitidas ao vivo na mídia.
Ah, mas agora as investigações detonaram Aécio e Temer, dirão alguns.
É verdade, e não sem tempo!
Mas temos de convir que esta bomba lançada pelos irmãos JBS é um efeito colateral provocado pela desastrosa operação Carne Fraca, feita para tentar ligar o BNDES a Lula e que acabou colocando a JBS na rota da delação voluntária para salvar seus donos.
É preciso sempre lembrar que as perguntas barradas em Curitiba feitas por Cunha para Temer já poderiam ter ligado essas pontas antes.
O núcleo da Lava Jato em Curitiba pouco tem de mérito nisso, pelo contrário, deveria explicar algumas coisas.
Em suma, o golpe se confirma. Na política, na operação judiciária-midiática, nos interesses do capital na reintrodução do neoliberalismo no Brasil.
Dilma, eleita legitimamente a Presidenta do Brasil em 2014, é vítima!
Dela se sabe que tentou barrar a corrupção na Petrobrás, que tentou barrar a corrupção em Furnas, que tentou baixar os juros e a conta de luz. Só.
Mas, diz a mídia, o casal de marqueteiros 'delatou' que ela sabia!
Se a 'prova' do email se revelar falsa, terão, mais uma vez, tentado cometer uma injustiça com Dilma que, não tem conta no exterior e não tem áudios comprando o silêncio e nem a morte de ninguém.
Dilma permanece uma mulher honesta e uma Presidente golpeada, que permanece perseguida pela mídia que tenta destruí-lapara justificar o golpe que a própria mídia ajudou a construir.
Blog O Calçadão
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