Enquanto continua a promover encontros fora da agenda no Palácio do Jaburu, onde mais uma vez realizou encontro no domingo à noite com o 'ministro' Gilmar Mendes, Temer e seu desgoverno se sentem fortalecidos para retomarem a agenda da reforma da Previdência.
Apesar das ameaças do Procurador-Geral, Janot, que sinaliza com novas denúncias contra Temer, o trio maior do desgoverno composto por Temer, Maia e Meirelles busca recolocar a tramitação da reforma em andamento já nesta semana.
Aí, não interessa a briga particular dentro do conluio golpista, que antepõe Globo a Temer. Meirelles e Maia são peças próximas aos agentes do capital e, com Temer ou sem Temer, são os responsáveis para tocarem os objetivos maiores do golpe: operar o desmonte do Estado brasileiro.
A reforma do sistema previdenciário público a ponto de quase extingui-lo faz parte da agenda do grande capital que procurar tornar os Estados nacionais meros reprodutores da ciranda financeira, irrigando o sistema rentista.
Os sistemas públicos de previdência, de longe os mais eficientes em prestar seguridade social à população, são também de longe aqueles que requerem mais gastos orçamentários sendo, dessa forma, uma pedra no caminho dos interesses do grande capital.
Ao extinguir os sistemas de previdência pública, o grande capital libera os orçamentos públicos para o pagamento dos compromissos financeiros, aumenta a capacidade do Estado em tomar mais empréstimos e abre um amplo mercado para empresas de previdência privada, cujos acionistas majoritários são os próprios agentes do 'mercado'.
O tema da reforma da Previdência foi deixado de lado pelo desgoverno Temer nos últimos tempos devido ao forte apelo popular contra a proposta. Em 28 de abril uma greve geral reuniu milhões de pessoas pelo país motivadas pela luta contra a reforma.
Temer espera que a aparente apatia da população pela política demonstrada nos últimos dias torne mais fácil fazer o projeto passar no Congresso. Já os movimentos em luta contra o golpe e mas reformas esperam que o retorno da tramitação do projeto promova nova onda de mobilização contra Temer.
Blog O calçadão
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