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sexta-feira, 8 de setembro de 2017

O sistema busca virar o jogo com Palocci, mas é a delação de Funaro que escancara farsa do impeachment!


O golpe se aprofunda e a saída democrática se distancia no horizonte.

Imediatamente após a histórica e massiva caravana de Lula pelo Nordeste, o sistema reage.

Janot, enfraquecido diante de Temer pelas trapalhadas da delação da JBS, investe contra o PT nas vésperas de sua saída e Curitiba apresenta ao público aquilo que tenta vender como a definitiva 'bala de prata' contra Lula: as 'revelações' de Palocci.


As 'revelações' de Palocci, são, sim, um tremendo murro no estômago de Lula e de todos os petistas e progressistas que enfrentam o golpismo, mas estão longe de serem a coisa mais importante olhando a questão da defesa e da reconstrução do Estado democrático de direito.

Enquanto Palocci 'revelou' tudo o que Curitiba desejava, em um belo script feito sob encomenda, Funaro revela em uma verdadeira delação que houve compra de votos para aprovar o impeachment de Dilma.

E Funaro indica inclusive o mecanismo do processo.

Vivêssemos em uma democracia e essa seria a revelação mais importante do momento, porque ela tem o potencial de anular a farsa do impeachment e, de imediato, o cargo de Presidente seria devolvido a quem é de direito, legitimado por 54 milhões de votos.

Mas a mídia hegemônica, em parceria com o sistema, procura atingir Lula através de Palocci e, ao mesmo tempo, resolver a questão Temer através de Funaro e dos 51 milhões encontrados com Geddel, sem contudo discutir a invalidação do impeachment.

O sistema intensifica o golpe e a crise, com um grande poder de propaganda e manipulação da opinião pública, deixando 2018 ainda mais distante de ser uma saída democrática, apenas se tornando uma continuidade de um governo 'de centro' que será inaugurado em breve por Rodrigo Maia, sacramentando o retorno da agenda neoliberal ao país.

O campo popular e anti-golpista encerra essa semana nas cordas.

Ricardo Jimenez

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