Saiu a gravação de Funaro.
Ele é taxativo: Cunha era um "banco para corruptos".
Ele financiava a campanha dos deputados para que votassem nele.
Começou em 2014, quando da eleição, projetando-se para ser Presidente da Câmara.
Funaro já disse que viu inúmeras vezes Cunha tramar com Temer o impeachment de Dilma.
Ou seja, você que saiu às ruas foi um marionete de Cunha, o 'banco de corruptos'.
Pediu o fim do corrupção, mas você foi financiado pela corrupção. Afinal, de onde você acha que veio o dinheiro do pixuleco, caminhões de som, MBL, panfletos, pessoas contratadas e, principalmente, quase todos os deputados?
Sabe aquele chorinho, gritinho e satisfação que você dava ou tinha a cada sim?
Era nada mais do que um aceno de satisfação a Cunha, o grande 'articulador'.
Afinal, "somos todos Cunha", não é?.
A rigor, você saiu às ruas para pedir o fim da corrupção mas, na prática, por ignorância voluntária, lutou em favor da corrupção, a corrupção do 'banco de corruptos'.
O que sobra?
O imobilismo, mesmo depois de 10 aumentos de gasolina, desemprego, delações, provas, vídeos, malas de dinheiro, privatizações e diminuição de investimento em educação e saúde.
E o que deveria sobrar?
Autocrítica!
Mas não, classe média é assim. Prefere o silêncio ou a fixação no antipetismo por meio de sites falsos (qualquer criança percebe isso) ou o moralismo barato de uma falsa pauta ética sobre arte do que uma autocrítica que promova algum desenvolvimento político (e cognitivo).
A ignorância voluntária é o mal da classe média.
Leonardo Sacramento é professor em Ribeirão Preto
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