Representantes dos setores da saúde, segurança e educação classificaram de "debochado" e "eleitoreiro" o reajuste dado por Alckmin ao funcionalismo no último dia 4 de janeiro.
O reajuste veio após uma política de reajuste zero adotada desde o início da gestão em 2015.
O reajuste foi de 3,5% para o total dos servidores, com exceção dos policiais, que receberam 4%, e dos professores, que receberam 7%, além do aumento no ticket alimentação, que passou de 8 para 12 reais.
A defasagem salarial do funcionalismo estadual, que se arrasta desde 2012, chega a 40%, segundo representantes das categorias.
"Os delegados de São Paulo têm o pior salário da categoria em todo o país", disparou Raquel Kobashi, Presidente do Sindicato dos Delegados da Polícia civil de SP, em entrevista para o UOL. "Esses 4% são um reajuste-deboche acrescidos a um salário-deboche dado aos delegados de SP", completou.
Segundo a Apeoesp, o reajuste de 7%, apesar de refletirem a luta incessante da categoria, que realizou a greve mais longa da categoria em 2015, são insuficientes. "Continuaremos na luta exigindo os 10,15% que equipararia o salário ao piso nacional", afirmou a Apeoesp em seu site.
Ao longo de seus dois mandatos, Alckmin vem precarizando o trabalho educacional, com aumento das terceirizações e com a política de fechamento de salas de aula, também amplamente denunciada pela Apeoesp.
Ao longo de seus dois mandatos, Alckmin vem precarizando o trabalho educacional, com aumento das terceirizações e com a política de fechamento de salas de aula, também amplamente denunciada pela Apeoesp.
O Sindsaúde-SP afirma que os salários da categoria acumulam déficit de 43% desde 2012.
Os trabalhadores da saúde receberam o menor reajuste, de 3,5%.
PL 920
Em acordo de renegociação de dívidas com o governo federal, dentro dos critérios draconianos impostos pelo neoliberalismo rentista, o governo tucano de SP aprovou na Assembleia Legislativa o PL 920, uma verdadeira bomba contra o funcionalismo e os serviços públicos.
Segundo o que foi aprovado, por 2 anos haverá congelamento de reajustes e investimentos sociais no Estado, ou seja, a partir desde reajuste dado por Alckmin agora, o próximo só em 2021.
Segundo a deputada estadual Márcia Lia (PT), em 24 anos os tucanos endividaram o Estado e agora querem jogar a conta nas costas do funcionalismo em parceria com o governo Temer.
Blog O Calçadão
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