O golpe de 2016, que se iniciou em 2014, quando a Lava Jato em parceria com a grande mídia já tentou interferir no resultado eleitoral, está levando o Brasil ao perigoso fundo do poço.
Enquanto uma casta de juízes que recebem mais que o teto constitucional, moralistas com auxílio-moradia e casa própria, busca aniquilar a maior liderança política do país a partir de uma caçada judicial, a política é perigosamente deslegitimada juntamente com todas as outras instituições.
Com a única liderança nacional capaz de conduzir um amplo acordo nacional em prol da democracia, do desenvolvimento, da soberania e da inclusão social tendo que lutar dia a dia contra a injustiça que lhe ameaça a liberdade, o Brasil segue sem rumo.
Nem mesmo as tradicionais figuras políticas ligadas aos interesses do 'mercado', como os tucanos, escaparam da armadilha que eles próprios montaram. Até mesmo a Globo, maior chanceladora do golpe e ainda capaz de jogar fogo no país, escapa da total falta de legitimidade popular.
Nesse momento, surgem as três figuras do título do artigo.
Luciano Huck, João Dória e Jair Bolsonaro são o símbolo da miséria nacional após o golpe.
Tirando Bolsonaro, representante da direita proto-fascista que se alimenta do caos, os outros dois são desde já cortejados pelas forças do campo financeiro como alternativas anti uma candidatura à esquerda que pode crescer até as eleições.
Triste perceber que rodamos, rodamos e voltamos a uma situação parecida com 1989.
Lá como agora, o Brasil está carente de democracia, de um sistema legal justo e legítimo, de um programa nacional de desenvolvimento anti-neoliberal e, lamentavelmente, está diante de uma disputa fratricida na política.
Em 1989, Lula e Brizola eram os inimigos da grande mídia e dos interesses financeiros que viam no Brasil o campo perfeito para a agenda neoliberal que se impunha. As instituições e a política tradicional eram totalmente deslegitimadas pelo povo.
Naquele momento, políticos tradicionais como Mário covas ou Ulisses Guimarães foram trocados por um outsider chamado Fernando Collor.
Seguiram-se 12 anos de crise e perdas sociais e econômicas drásticas para a população.
Hoje, com as instituições e a política em frangalhos a partir de um movimento golpista que deu seus primeiros sinais em 2013, novamente a situação de 1989 se apresenta.
Sabemos no que isso vai dar.
Some Huck, Dória e Bolsonaro e veja no que dá.
Como escapar do destino?
Somente se for possível a construção de um amplo movimento político de fortalecimento do campo popular, democrático e progressista, com uma agenda única e de fácil acesso á população.
Uma unidade com uma única candidatura ou mais?
Essa resposta ainda não está dada, depende do que for acontecer com Lula.
De toda forma, ainda está em alta a frase do ex-Presidente: "unificar a esquerda (e o campo democrático e progressista) em torno de um projeto".
Blog O Calçadão
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