Em Franca, a JURA denunciou a perseguição às suas atividades.
Foto: Carlos Aquino
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Na noite de terça-feira, 25, foi realizada "A Jornada Universitária em Defesa da Reforma Agrária", na Unesp/Franca. Esta atividade fez parte do calendário de atividades da paralisação em defesa da Universidade Pública, gratuita e de qualidade. Em seu início foi lida a nota do MST em denúncia a perseguição sofrida às atividades da JURA no campus da UFSCar/São Carlos. Veja a nota:
Nós, do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra, viemos denunciar a intervenção realizada por alguns grupos conservadores da UFSCar/São Carlos na tentativa de barrar a Jornada Universitária em Defesa da Reforma Agrária. Este é o quinto ano que realizamos a JURA, no ano passado foram mais de 13 universidades que realizaram atividades só no estado de São Paulo. Neste ano de 2018 já temos confirmada a realização em mais de 11 universidades, incluindo a UFSCar/São Carlos.
Por entender a Universidade como um espaço público e popular, a JURA tem como objetivo pautar o debate da Reforma Agrária, a violência no campo e a atuação dos movimentos sociais. Nesta conjuntura, se faz necessário ampliar o debate em torno dos impactos das reformas neoliberais e os retrocessos nos direitos que estão cada vez mais evidentes. As atividades contribuem para explicar não apenas o caráter danoso das manobras golpistas, como também o que a força popular pode fazer para resistir e se contrapor ao projeto imposto.
Entendemos que as universidades públicas têm desempenhado um papel importante de resistência aos ataques que ameaçam a nossa jovem e frágil democracia ao promover debates com pesquisadores das mais diversas áreas para discutir o país em tempos de autoritarismo crescente. Por este motivo, as Universidades e seus pesquisadores/as são alvos de ideologias e ações como “escola sem partido” que visam cercear a liberdade de expressão e a pluralidade do debate democrático.
Nos solidarizamos com o corpo docente da UFSCar/São Carlos envolvido na construção da JURA!
Que [a universidade, escolas] se pintem de negro, que se pinte de mulato. Não só entre os alunos, mas também entre os professores. Que se pinte de operários e de camponeses, que se pinte de povo, porque a educação não é patrimônio de ninguém, ela pertence ao povo”(Che Guevara)
Direção Estadual MST/SP
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