2014-2018: o golpe que matou o PSDB!

A trinca do golpe que destruiu o Brasil
Ilustração: Portal Vermelho

O PSDB pode sair das eleições de 2018 como o maior derrotado. Tudo culpa de seu apoio e patrocínio ao golpe de 2016.

Golpe que começou em 2014, como bem disse essa semana o Senador tucano Tasso Jereissati, quando liderado por Aécio Neves o PSDB não aceitou o resultado das urnas e iniciou um processo de sabotagem contra o segundo governo Dilma.

Essa sabotagem ganhou o apoio de Eduardo Cunha, do até então vice presidente Temer e da mídia, que já havia tentado influenciar no resultado eleitoral de 2014 através de sua parceria com a lava jato e seus vazamentos seletivos e sem provas contra o PT e os petistas, principalmente Lula e Dilma.

O resultado todo mundo já sabe: a ação conjunta da mídia/lava jato insuflando movimentos de rua pró-impeachment, as pautas bomba de Aécio e Cunha contra o governo Dilma em 2015, a conspiração de Temer para construir um novo governo através de um golpe jurídico-parlamentar e o apoio financeiro de parte do campo rentista nacional, como a FIESP, derrubaram uma Presidente legítima através de um impeachment sem crime de responsabilidade.

Em tudo isso o PSDB teve um papel de protagonista, inclusive na elaboração do programa econômico de Temer, chamado "ponte para o futuro".

Esse programa, sob comando do PSDB, foi o responsável pelos mais profundos ataques à infraestrutura do Estado, ao patrimônio público e aos direitos mais sagrados do povo brasileiro. Os direitos trabalhistas foram extintos, o pré sal foi entregue à preço de banana, os orçamentos públicos, incluindo saúde e educação, foram congelados por 20 anos e a crise econômica gerada pelo ajuste fiscal que só beneficia bancos e rentistas criou mais de 15 milhões de desempregados.

Além disso, ao se associar ao falso discurso moralista da lava jato e da Globo, o PSDB deu o seu maior tiro no pé. A máscara do falso moralismo caiu rapidamente com os escândalos de Aécio Neves, o maior dos falsos moralistas, e os escândalos do PSDB em São Paulo e no Paraná.

Enquanto o povo cada vez mais vai percebendo a perseguição injusta contra o PT e Lula, fazendo com que os índices de popularidade de ambos cresçam, resultado do reconhecimento do povo pelos avanços conquistados nos governos petistas, revertendo a crise enfrentada pelo PT em 2016, o PSDB cai no total descrédito.

Tirando São Paulo e Minas, onde o PSDB mantém fortes redutos eleitorais, os tucanos estão se tornando inexpressivos no resto do país. E, nesta eleição, os tucanos podem vir a perder tanto em São Paulo quanto em Minas, porque Dória é bastante rejeitado em SP, por ter sido um Prefeito que abandonou a cidade e deixou atrás de si um rastro de retrocesso, e Anastasia tem atrás de si a sombra de seu padrinho político Aécio Neves.

Enquanto Lula, mesmo injustamente preso e com sua voz calada à força, vai conduzindo seu sucessor Fernando Haddad ao Planalto pelo voto do povo, a situação de Geraldo Alckmin como candidato a Presidente é dramática.

Ele tem de enfrentar a realidade de que grande parte dos eleitores tucanos se bandearam para a ultra direita bolsonarista, inclusive no Estado de São Paulo. Ultra direita alimentada pelo golpe que o PSDB liderou.

Além disso, a falta de discurso tem feito Alckmin girar feito peão, ora buscando um discurso conservador e moralista para tentar conversar com os bolsonaristas e marineiros, ora buscando um falso discurso desenvolvimentista,como o de agora quando promete construir refinarias de petróleo.

Mas como prometer construir refinarias se, no governo Temer, foi o PSDB, no comando da Petrobrás, que destruiu o projeto de novas refinarias nacionais?

Faltam pouco mais de 20 dias para que o PSDB possa recolher os cacos de um processo eleitoral histórico, onde o povo brasileiro pode a vir a fazer justiça contra os golpistas de 2016.

Blog O Calçadão