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segunda-feira, 1 de dezembro de 2014

Posição da Aproferp (Diretoria) em relação ao segundo turno e a atual conjuntura do país





Explicitando diferenças político-econômicas com os governos do PT, entidade afirmou apoio à Fernando Haddad.

Por APROFERP

Neste momento tão delicado pelo qual o país atravessa, em que vivemos o avanço de ideias extremistas, de discursos pautado no ódio, do avanço fascista, da descrença e fragilidade das instituições democráticas, da dificuldade de se construir diálogos, do avanço fundamentalista, irracional, ilógico e Anti-científica  que tomou conta do país e tenta atacar a educação, levando-a para tempos sombrios, a Aproferp torna público sua posição em defesa da educação pública, dos direitos dos alunos, dos profissionais do magistério, e principalmente na defesa da classe trabalhadora. 



O momento delicado pelo qual passamos não é somente pela possibilidade de se eleger um presidente que defende ideias que atacam os direitos da classe trabalhadora, que coloca em risco a soberania nacional, que defende entregar as riquezas naturais a grupos estrangeiros, que defende ideias racistas, homofóbicas, xenófobas, preconceituosas, machistas e misóginas, mas também pelo o aumento de deputados, governadores e senadores eleitos que pertencem ao mesmo grupo político e defendem as mesmas ideias. 

Enquanto entidade que defende os interesses da escola pública e da classe trabalhadora, repudiamos qualquer candidatura que ataque os diretos da classe trabalhadora, que é favorável à diminuição da licença maternidade, que defenda a retirada do décimo terceiro da classe trabalhadora, que defenda a elite discursando que o trabalhador deva escolher entre emprego ou direitos, e principalmente que apoiou e votou a favor da PEC do teto, da reforma trabalhista, que apoia e vota à privatização da Petrobras e do pré-sal, que ataca o estado laico, que defende o escola sem partido, que tenta controlar a profissão docente tirando sua liberdade de cátedra e sua autonomia. 

Neste sentido, a direção da Aproferp ratifica a defesa pelo fortalecimento da educação pública, pela revogação da PEC do teto, da reforma da previdência, da reforma trabalhista, pela defesa de um ensino fundamentado nas ciências humanas e educacionais, pela defesa da liberdade de expressão e a luta dos direitos da classe trabalhadora. 

Tornamos público o apoio à candidatura de Hadad/PT mesmo tendo ciência que o programa de governo do candidato tem inúmeros problemas, mesmo divergindo das políticas neoliberais e de conciliação de classes, implementadas nos 13 anos dos governos petistas. A posição da entidade neste momento transcende a questão partidária. O que está em jogo é muito maior que uma disputa eleitoral de segundo turno, é a democracia. A entidade deixa claro, que parte de seus diretores em caso de vitória de Hadad/PT no segundo turno farão oposição ao seu governo. 

Por fim, a Aproferp desde sua fundação tem por princípios e bandeiras fazer da sua luta a busca pela democratização dos espaços escolares e da educação. Foi assim quando participou do PME democrático 2015, foi assim em relação a luta árdua pelo fortalecimento e dos funcionamentos dos conselhos de escola com a participação de pais, alunos, funcionários, famílias e docentes, foi assim em relação a luta pela eleição para gestores na rede municipal, foi assim na elaboração da minuta de lei para gestores, da paralisação de 2014 quando a SME tentava fechar salas e superlotar tantas outras ignorando a comunidade escolar, foi assim quando iniciamos e participamos das lutas para democratizar o Conselho Municipal de Educação enfrentando o aparelhamento de governos anteriores, foi assim quando lutamos e fizemos denúncias no MP em relação ao direito dos alunos a ter os GECs (Grupos de Estudos Complementares) funcionando, foi assim quando denunciamos também a ausência de pais e alunos nos Conselhos de Classe fragilizando a democracia, foi assim quando denunciamos no Ministério Público o golpe ao Plano Municipal de Educação 2015. 

Enfim, a história da Aproferp foi forjada e construída pela luta em defesa de uma educação pública de qualidade, da garantia dos direitos dos alunos e dos profissionais da educação, bem como, pela democratização de todos os processos e espaços que envolvem a escola e a educação pública juntamente com a defesa da classe trabalhadora.

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