A chef de cozinha Adriana ministra oficina ecoculinária de biomassa de banana no Acampamento Paulo Botelho.
Fotos: Filipe Peres
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Acompanhados de um nutricionista
(Rafael), uma chef de cozinha (Adriana), uma produtora audiovisual (Sandra/Vagaluzes
Filmes), uma ecóloga (Marina) e um educador alimentar, (Fúlvio), que tem como
função realizar o fortalecimento de transições agroecológicas e CSA
(Comunidades que Sustentam a Agricultura), trazendo o “Projeto Caracol: Fortalecimento,
Autonomia e Participação Social de Comunidades Produtoras de Alimentos Locais”,
os militantes do Movimento Slow Food Brasil, visitaram neste sábado, 15/12, em
Ribeirão Preto (318 km de São Paulo), o Acampamento Paulo Botelho, situado no
Assentamento Mário Lago, do MST, para trocarem experiências agroecológicas e
agroalimentares com os trabalhadores rurais sem-terra.
A oficina no Acampamento Paulo
Botelho foi pensada com o foco na ecoculinária, ou seja, trabalhar com soberania
e segurança alimentar, com educação alimentar e nutricional focando na biodiversidade,
nas tradições e saberes locais, para fortalecer as comunidades produtoras de
alimentos. A ideia é realizar quatro oficinas no acampamento com crianças e adultos.
Nutricionista, Rafael explicou aos acampados o perigo dos alimentos ultraprocessados |
O Projeto Caracol realiza o
projeto com três comunidades: em Ribeirão Preto (Acampamento Paulo Botelho), outra
no litoral do Vale do Ribeira, em Cananéia (Enseada da Baleia) e a terceira,
uma comunidade urbana, em Florianópolis/SC (Comunidade Chico Mendes).
“A CSA é uma pegada de relação
direta entre os consumidores das cestas e os agricultores que fazem a cesta,
como o projeto da Comuna (da Terra) mas um pouco mais profunda, para engajar
mais o pessoal da cidade nas dinâmicas sócio-políticas que existem por trás de
uma comida agroecológica, orgânica, sem veneno”, disse Fúlvio.
Trabalhando com o conceito de
soberania alimentar e preocupados em levar à mesa os alimentos agroecológicos,
frutos da agricultura familiar, uma das atividades do dia foi a oficina ecoculinária
de biomassa de banana, oferecida pela chef de cozinha Adriana. Além disso, por
meio da Produtora Vagaluzes Filmes, o Movimento Slow Food Brasil está
realizando um documentário sobre educação e alimentação. Por este motivo, o SFB
entrevistou a Dirigente Estadual do Setor de Educação, Manuela Aquino, para falar
sobre educação e reforma agrária.
A dirigente estadual do setor de educação do MST, Manuela Aquino, concedeu entrevista aos integrantes do Projeto Caracol para a produção de um documentário. |
Para a dirigente estadual
projetos como esse são importantes pois “é fundamental pensar a questão da alimentação
de forma ampla, ela envolve saúde, autonomia financeira do produtor, como
também é uma trincheira de luta direta contra o modelo do agronegócio e das
indústrias de produtos ultra processados.
Muito importante as iniciativas como as do Projeto Caracol de aproximar-se
dos produtores e também pensar a questão da alimentação saudável enquanto um
processo formativo”.
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