Escolas cívico-militares não devem vir para Ribeirão Preto, pelo menos por enquanto.
O Ministério da Educação divulgou hoje as 650 cidades e estados que aderiram ao programa das escolas cívico-militares. São Paulo ficou fora.
(foto) Sergio Lima / AFP |
Fominha e na onda conservadora, o prefeito Duarte Nogueira
se colocou na frente e pleiteou logo três escolas neste modelo cívico-militar
para Ribeirão. Acontece que a adesão ao projeto depende do governo do estado
comandado pelo seu amigo tucano João Dória. Dória é aquele que fala que “nunca
foi bolsonarista” e, portanto, não deve ser contemplado com a vinda das escolas
militarizadas para o estado.
De acordo com o Secretário Estadual da Educação, Rossieli
Soares, o governo perdeu o prazo porque não havia entendido bem a proposta.
Se a secretaria da educação do estado não entendeu nem o
formulário de adesão ao programa, que dirá sobre as regras do programa na parte
administrativa e pedagógica.
A proposta do governo federal é criar 54 escolas
militarizadas no ano de 2020 em todo país. Cada colégio vai receber R$ 1 milhão
para adequações de infraestrutura e pessoal.
Resta saber se o secretario da educação de Ribeirão tem
algum canal direto com o rei. Se tiver, 15 estados, o Distrito Federal e 3
escolas de Ribeirão dividirão as 54 unidades para 2020.
Pela intenção Ribeirão está muito bem, entre os 5.570
municípios brasileiros e os 645 do estado (que sequer aderiu ao projeto),
ficaria com 5,5% das unidades.
Segundo a Revista Época, a sala do tenente-coronel que
comanda uma escola na periferia de Goiânia é adornada por 30 cabeças de caveira
de plástico e metal. É nesse espaço que ele recebe os pais para tratar das
sanções aplicadas aos alunos. Usando o sistema de videomonitoramento, instalou
uma câmera em cada sala de aula a fim de controlar os alunos em tempo integral.
O que se espera de uma administração pública é seriedade e
compromisso com a educação. O prefeito Nogueira foi muito afoito na implantação
deste projeto de militarização das escolas. Não dialogou e tentou impor para a
comunidade uma solução que está longe de ser a ideal e poderá trazer
consequências graves na periferia da cidade com este modelo autoritário e
excludente.
Nós aqui preferimos ainda O Calçadão ao coturno.
Tratamos deste assunto nestes vídeos:
https://youtu.be/wF8aQB84vC0
https://youtu.be/wF8aQB84vC0
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