Ontem as bolsas caíram, o dólar subiu com a notícia da anulação das condenações de Lula na lava-jato (ou farsa jato). Foi a reação dos 'mercados' à praticamente certa candidatura de Lula a Presidência em 2022.
Por que os 'mercados' têm mais medo de uma candidatura de Lula do que da nossa tragédia sanitária gerada por um governo desastroso que, além de agravar a pandemia, também detona a economia, o meio ambiente e o tecido social brasileiro?
Talvez porque saibam que a futura candidatura de Lula terá obrigatoriamente um projeto de governo que vai buscar reconstruir aquilo que foi destruído pelo golpe: retomar a capacidade de investimento do Estado, retomar a política de distribuição de renda, retomar uma política industrial e tecnológica, retomar uma política ambiental e, principalmente, reconstruir os direitos sociais constitucionais corroídos desde 2016. Para isso só há um caminho: taxar os muito ricos, taxar o rentismo, os vampiros que sugam o trabalho dos brasileiros e os recursos do Estado através da dívida pública. Esses vampiros querem o resultado do trabalho do povo só para eles e o orçamento do Estado (construído pelo trabalho do povo), também.
Não querem que o povo desfrute de direitos ou dos recursos do orçamento público e, por isso, temem mais um possível governo Lula do que a tragédia Covid/Bolsonaro.
Mas vem aí a candidatura de um homem que foi condenado sem provas, preso por um ano e sete meses, silenciado e retirado à força da eleição de 2018, detonado todo dia pela parceria mídia/lava-jato e, mesmo assim, se mantém na memória do povo, fruto de um governo que melhorou o país e a vida das pessoas.
É o povo que vai decidir.
Blog O Calçadão
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