Haddad ou Boulos, quem vai ser linha de frente no confronto contra o tucanato em SP? |
Em fevereiro desse ano, quando uma candidatura de Lula a Presidência era uma grande incógnita, Haddad vinha assumindo a liderança de uma candidatura petista. Foi aí que Boulos publicou que "a unidade da esquerda contra Bolsonaro é importante, mas é preciso debater projetos antes de nomes".
Pois bem. O tempo passou e a candidatura de Lula a Presidência está fortemente desenhada e tem muita força para construir uma grande aliança, da esquerda ao centro, para 2022. Com isso, o nome de Fernando Haddad (PT) cresceu como postulante ao governo do estado de São Paulo, inclusive liderando as primeiras pesquisas. Foi então que Guilherme Boulos (PSOL) apresentou seu nome como postulante ao Palácio dos Bandeirantes, gerando críticas dentro do PT, pois é preciso, claro, "debater projeto antes de nomes".
É claro que o panorama das eleições de 22 dependerá das lutas e movimentos realizados em 21, e tudo pode mudar. Porém, a unidade do campo de esquerda e centro esquerda será sempre um desafio. Cada partido tem a legitimidade de querer lançar seus candidatos e o PT, como um partido grande, vai ser sempre cobrado a abrir mão para a construção de alianças.
Nos meios petistas já há uma empolgação com as candidaturas de Lula e Haddad. Haddad, inclusive, iniciou um processo de encontros com dirigentes regionais do PT para construir uma proposta para São Paulo. Já o PSOL, vendo a impossibilidade de lançar candidato presidencial com Lula no jogo, busca se movimentar em São Paulo com seu principal quadro, Guilherme Boulos.
Boulos que se cacifou na eleição para prefeito da capital, indo para o segundo turno sem o apoio do PT no primeiro turno, pois este se definiu pela candidatura de Jilmar Tatto.
Qual caminho de fato deve percorrer a esquerda? Na opinião desse Blog, o caminho deve ser o da unidade tanto para a disputa presidencial quanto na disputa em São Paulo. Mas sabemos que não é uma construção fácil.
De qualquer forma, após 24 anos de tucanato, nunca uma derrota do PSDB aqui em São Paulo esteve tão perto. Em 2018 quase aconteceu, com Márcio França (PSB) ganhando na capital e perdendo pela força tucana no interior. Dessa vez, temos um Dória desgastado, um PSDB rachado, dois nomes de peso na esquerda (Haddad e Boulos) e uma outra conjuntura, mais favorável ao campo popular.
Seja com Haddad ou com Boulos, o povo de São Paulo merece se livrar do PSDB e ganhar um governo que dê um outro olhar para este estado.
2021 nos dirá como será 2022. Sigamos na luta.
Blog O Calçadão
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