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quinta-feira, 10 de junho de 2021

Estudo da FioCruz afirma que cidades que possuem taxa de ocupação a partir de 85% devem permanecer em lockdown

 

Enfermeira aspira para a seringa o conteúdo da ampola da vacina Covid-19 enquanto segura entre os dedos a agulha para a aplicação.
Foto: Sérgio Melo/ Fundação Oswaldo Cruz

Divulgado, ontem, quarta-feira (9), o Boletim do Observatório Covid-19 Fiocruz, avisa que a presente conjuntura da pandemia é de risco grande e pede muito cuidado e sensatez. A investigação mostra que as mudanças pequenas no número de casos nas últimas semanas confirmam a continuação do nível alto de transmissão do vírus. Os pesquisadores alertam para a necessidade de se estabelecer medidas para enfrentamento da pandemia nas próximas semanas, até que a maior parte da população esteja vacinada.

De acordo com o estudo, a combinação do número alto de casos com uma caída pequena no número de mortes e a maior parte dos estados com taxa alta de ocupação de leitos UTI Covid-19 para adultos no Sistema Único de Saúde (SUS) é muito preocupante. “Ainda é prematuro considerar que há uma queda sustentável de casos e óbitos ou que estamos entrando em uma terceira onda”, observam.

Medidas de mitigação

Quanto às medidas de enfretamento que precisam ser tomadas, enquanto a maioria da população não estiver vacinada, os pesquisadores afirmam que, tirando o bloqueio/lockdown (que é uma medida mais forte e que deve ser adotada para os estados e municípios com taxas de ocupação de leitos UTI Covid-19 de 85% ou mais), devem incorporadas algumas ações fundamentais.

“É muito importante a utilização de medidas não-farmacológicas, que têm como objetivo reduzir a propagação do vírus e o contínuo crescimento de casos, o que sobrecarrega as capacidades para o atendimento de casos críticos e graves e contribui para o crescimento de óbitos; medidas relacionadas ao sistema de saúde, que visam aliviar a sobrecarga dos serviços e também reduzir a mortalidade hospitalar por Covid-19, por desassistência e por outras doenças, bem como garantir o suprimento de insumos fundamentais para o atendimento; as políticas e ações sociais, cujo objetivo é mitigar os impactos sociais e sanitários da pandemia, principalmente para as populações e grupos mais vulneráveis”.

Taxas de ocupação de leitos continuam elevadas

Os dados levantados nos dias 31 de maio e 7 de junho sinalizam que as taxas de ocupação de leitos de UTI Covid-19 para adultos no SUS mantêm-se em relativa estabilidade, em níveis muito elevados.O Estado de São Paulo apresenta, atualmente 82% de taxa de ocupação de leitos de UTI COVID-19 para adultos , em estado crítico.



Fonte: Fundação Oswaldo Cruz

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