Ministro falou de tudo, menos sobre o que TCU indagou. Foto: Pablo Valadares/Câmara dos Deputados |
Ministro transfere a fala a outro na hora de dar explicações e diz que se soubesse teria faltado em outras sessões para não incorrer em possibilidade de crime
Em debate realizado nesta
quarta-feira (7) depois de ter faltado antes três vezes, o ministro Paulo
Guedes foi cobrado pelas ausências pela Comissão de
Fiscalização Financeira e Controle da Câmara dos Deputados. Na terça-feira (6),
a comissão decidiu pedir à Procuradoria-Geral da República que analise se
Guedes, convocado pelos deputados, cometeu crime de responsabilidade ao deixar
de comparecer ao colegiado na semana passada.
O ministro da
Economia foi convocado pela comissão para explicar a análise do TCU sobre o
regime previdenciário dos servidores civis e o sistema de pensões dos
militares, especialmente o passivo atuarial (valor necessário para pagar os
benefícios).
O TCU descobriu diferenças no passivo atuarial calculado pelo governo em 2020, constatando
superavaliação de R$ 49,2 bilhões no caso dos civis e subavaliação de R$ 52,7
bilhões nos militares. Essas contas, aprovadas com ressalvas vão ser agora
examinadas pela Comissão Mista de Orçamento do Congresso Nacional.
Paulo Guedes não
explicou nada na audiência e transferindo a responsabilidade dos relatos sobre o
tema para o secretário especial de Previdência e Trabalho, Bruno Bianco Leal.
“As avaliações são
absolutamente criteriosas e seguem os padrões internacionais”, se limitou a dizer. Segundo
ele, o cálculo do passivo atuarial é um processo ainda em curso.
Edição: Filipe Augusto Peres
Fonte:
Agência Câmara de Notícias
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