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quarta-feira, 7 de julho de 2021

Guedes não explica a superavaliação de R$ 49,2 bilhões no caso dos civis e subavaliação de R$ 52,7 bilhões no dos militares no cálculo do regime da Previdência descoberto pelo TCU

 

Ministro falou de tudo, menos sobre o que TCU indagou.
Foto: Pablo Valadares/Câmara dos Deputados


Ministro transfere a fala a outro na hora de dar explicações e diz que se soubesse teria faltado em outras sessões para não incorrer em possibilidade de crime


Em debate realizado nesta quarta-feira (7) depois de ter faltado antes três vezes, o ministro Paulo Guedes foi cobrado pelas ausências pela Comissão de Fiscalização Financeira e Controle da Câmara dos Deputados. Na terça-feira (6), a comissão decidiu pedir à Procuradoria-Geral da República que analise se Guedes, convocado pelos deputados, cometeu crime de responsabilidade ao deixar de comparecer ao colegiado na semana passada.

 


“Se soubesse, teria faltado lá, mas a minha assessoria jurídica avaliou que não quebraria a lei”, disse o ministro, justificando a decisão de acompanhar sessão do Tribunal de Contas da União (TCU) que, no mesmo horário, analisou contas do presidente da República, Jair Bolsonaro, referentes ao exercício de 2020.

O ministro da Economia foi convocado pela comissão para explicar a análise do TCU sobre o regime previdenciário dos servidores civis e o sistema de pensões dos militares, especialmente o passivo atuarial (valor necessário para pagar os benefícios).


O TCU descobriu diferenças no passivo atuarial calculado pelo governo em 2020, constatando superavaliação de R$ 49,2 bilhões no caso dos civis e subavaliação de R$ 52,7 bilhões nos militares. Essas contas, aprovadas com ressalvas vão ser agora examinadas pela Comissão Mista de Orçamento do Congresso Nacional.


Paulo Guedes não explicou nada na audiência e transferindo a responsabilidade dos relatos sobre o tema para o secretário especial de Previdência e Trabalho, Bruno Bianco Leal.


“As avaliações são absolutamente criteriosas e seguem os padrões internacionais”, se limitou a dizer. Segundo ele, o cálculo do passivo atuarial é um processo ainda em curso.


Edição: Filipe Augusto Peres


Fonte: Agência Câmara de Notícias


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