Qual o destino do arquivo histórico de Ribeirão Preto?

O arquivo histórico de Ribeirão é tombado

Tudo começou quando as pessoas ligadas ao movimento cultural de Ribeirão Preto e pesquisadores perceberam que havia algo errado com o arquivo histórico dentro da reforma administrativa proposta pelo Prefeito Nogueira PSDB.

Segundo informações levantadas pelo Blog, um grupo da sociedade civil preocupado com o destino do arquivo, que é tombado como patrimônio histórico da cidade, recebeu da Secretária Municipal de Cultura a informação de que o arquivo iria para a pasta da Administração, juntamente com outros arquivos de natureza distinta do arquivo histórico, a partir da aprovação da reforma administrativa.

A partir daí houve a indagação sobre se a movimentação do arquivo teria passado ou não pelo Conselho de Preservação do Patrimônio Artístico e Cultural, já que, segundo esse movimento, havia um TAC (Termo de Ajuste de Conduta) de 2004 com o Ministério Público para levar o arquivo para o prédio da antiga Cianê até 2020, o que acabou não ocorrendo ao longo desse tempo.

Não havendo possibilidade de finalizar o objetivo do TAC, a opção seria ter uma sede própria para o acervo do arquivo, com arquivista, historiador e ambientação correta garantidos pelo poder público municipal.

Porém, passada a reforma administrativa, esse grupo levantou que o arquivo histórico na verdade estava sob responsabilidade da Secretaria da Educação, pois fora levado juntamente com a Biblioteca Guilherme de Almeida, sem haver o desmembramento necessário entre eles 

E, segundo denuncia o grupo, não há nenhum projeto de transferência e gerenciamento correto do arquivo histórico de Ribeirão Preto.

O grupo procurou conversou com os mandatos do Coletivo Popular Judeti Zilli PT e Jean Coraucci PSB, informando que, além do imbróglio do arquivo histórico, também a Escola de Arte do Bosque Fábio Barreto, Cândido Portinari, estava ameaçada de desaparecer no curso da reforma administrativa. Os mandatos parlamentares podem requisitar mais informações via requerimento.

Diante dessas incertezas, o grupo sugere que os conselhos de cultura, do patrimônio artístico e cultural e a Câmara de Vereadores entrem no Ministério Público denunciando essa situação que pode ter o potencial de comprometer o acervo do arquivo histórico e a importante prestação de serviços da Escola Cândido Portinari, no Bosque, responsável pela formação de artistas plásticos em Ribeirão Preto.

Fica a pergunta: qual o destino do arquivo histórico de Ribeirão Preto, Nogueira?

A cultura pede socorro.

PS: segundo a Lei 13432/2015, o Lar Santana, prédio histórico da Vila Tibério, é um patrimônio histórico e cultural de Ribeirão Preto e poderia, após necessário restauro, abrigar o arquivo histórico e mais uma série de projetos de interesse da população. É só uma questão de prioridade política.

Ricardo Jimenez - editor do Blog O que