Governo Bolsonaro desmembra universidades e institutos federais para criar 3 mil cargos para seus apoiadores políticos |
Não bastam a tragédia humanitária e econômica do desgoverno Bolsonaro. Temos, cada vez mais que a eleição de 2022 se aproxima, que conviver com a politicagem rasteira, seja na proposta de um arremedo de auxílio pré-eleitoral à população mais pobre, seja no uso de setores tão importantes, como a educação, para a promoção do toma lá da cá com a base política fisiológica que sustenta esse desgoverno. Base política, diga-se de passagem, que já conta com o orçamento secreto do valor de 3 bilhões de reais, praticamente sem fiscalização.
Agora é a educação superior!
Reportagem da Folha de São Paulo traz a informação de que o atual ministro Milton Ribeiro está prestes a desmembrar universidades e institutos federais criando novas reitorias e 2912 postos de chefia sem aumentar uma vaga sequer para os estudantes brasileiros.
O milagre da multiplicação de cargos pode acontecer nos estados de São Paulo, Amazonas, Maranhão, Mato Grosso, Piauí e Espírito Santo.
O custo disso pode atingir a marca de 500 milhões anuais. Lembremos que este ano o mesmo desgoverno cortou 600 milhões da área de desenvolvimento de ciência e tecnologia, deixando milhares de pesquisadores brasileiros sem apoio nenhum.
A situação do financiamento das universidades e institutos federais já é dramática. Muitas instituições já teriam fechado as portas se não estivéssemos tendo o ensino remoto por conta da pandemia. E os cortes aumentam, menos é claro para a burocracia política amiga do "rei".
Com Bolsonaro e sua turma, o fundo do poço sempre tem mais um alçapão.
Ricardo Jimenez - editor do Blog O Calçadão
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