Espetáculo teatral AnDANÇA da Morte e dUmZé tem corpo e cortejo
em pleno calçadão central
Grupo
teatral APanelA de Ribeirão Preto fará oito apresentações pelas ruas centrais da
cidade abordando a relação entre morte e vida, que sempre foi muito estreita. A
primeira delas acontece no próximo dia 29, às 16 horas, no calçadão central
dUmZé está morto. Seu
corpo está jogado à própria sorte numa das principais vias urbanas de Ribeirão
Preto na esperança de que alguém, de coração especial, faça seu enterro e ele,
finalmente, depois de muito lutar com a vida, descanse em paz. Em cena, um
velho carrinho de feira expõe um pouco do que foi sua trajetória.
Morte e vida: esse é o
tema da apresentação AnDANÇA da Morte e dUmZé de autoria do grupo teatral APanelA
de Ribeirão Preto, que prima pelo teatro de rua e tem direção da produtora Flecha
Dourada e provocação dramatúrgica de João Paulo Honorato. Encenado pelos atores Ju Marques (Morte) e Joe
Bacheschi (Zé), a peça estreia no próximo dia 29, às 16 horas, no
calçadão central da rua General Osório.
Nesta tradicional ação de
pesar e recheada de irreverência artística, o público circulante do calçadão
central será convidado a refletir sobre o tema que mexe de forma profunda com o
ser humano e acompanhar o desenrolar deste ritual fúnebre com risadas
garantidas. Ação popular cênica do APanelA remete ao clássico teatro grego, com
suas intervenções nas ruas e praças com suas máscaras e adereços.
Contos clássicos– O
projeto dUmZé é baseado em contos sobre a morte dos escritores Luiz da Câmara
Cascudo e Ricardo Azevedo, foi selecionado por meio do ProAc da Secretaria de
Cultura e Economia Criativa do Estado de São Paulo para artistas iniciantes,
traz uma intervenção popular singular, carregada de humor e comoção social ao
abordar a relação entre morte e vida, que sempre foi muito estreita. E, para muitos, uma condição inevitável que
só têm resposta nas religiões.
dUmZé, de acordo com Ju Marques, atriz e integrante do grupo APanelA, é
destinado ao público em geral e terá como tema o olhar de um Zé, um ser social
comum, de classe baixa, frente ao desequilíbrio na balança entre a vida e a
morte devido ao crescente individualismo coletivo, livremente inspirado no
reconto “A quase morte de Zé Malandro”, do Ricardo Azevedo e na seção de contos
de morte do Câmara Cascudo.
“DumZé, por exemplo, pode
ser qualquer um que luta e resiste bravamente na impiedosa geografia social do
nosso país. Nosso personagem fez de tudo um pouco: roçou terrenos, transportou no
seu carrinho de feira todo tipo entulho, vendeu picolé, cortou gramas.... dUmZé
foi um resistente diante do individualismo social e da falta de empatia com a
população mais fragilizada socialmente. dUmZé somos todos nós”, avalia
Ju Marques.”
O que é teatro de rua?
É todo aquele que se
produz em locais públicos: ruas, praças, mercados, por exemplo. Sua história se origina de fontes
primitivas, por meio de manifestações culturais gregas, tais como os cultos
dionisíacos.
No Brasil, o teatro de
rua tem como importantes referências, as grandes manifestações culturais
populares, como bumba meu boi, maracatu, carnaval e todos os folguedos que
contam com algum tipo de teatralidade.
Serviço
Espetáculo: AnDANÇA
da Morte e dUmZé
Dia 29/04- a
partir das 16 horas
Local: Calçadão
central da rua Gal Osório
Dia: 30/04 apresentação às 16h - Calçadão central da rua Gal
Osório
Ficha técnica:
Criação Colaborativa – Grupo Teatral ApanelA
Atuadores – Joe Bacheschi e Ju Marques
Colaboradores – Kétila Maria, Marcos Poellnitz e Jonas Zac
Direção – Flecha Dourada
Provocação Cênica e Dramatúrgica - João Paulo Honorato
Figurino - Zezé Cherubini
Adereços Sonoros - Barulho Max
Preparação Vocal - Precy
Coreografia - Gustavo e Lelê (espaço Entre Nessa Dança)
Colaboração Histórica - Júlio José Chiavenato
Arte Gráfica - Bê Bueno
Assessoria de Imprensa - Márcia Rosseto
Fotografia - Gabi Nalon
Legenda 1: Espetáculo baseado em contos clássicos aborda vida e morte
com muita irreverência e comoção