PL das cozinhas solidárias beneficiaria o agricultor familiar e combateria a insegurança alimentar |
Na última quinta-feira (27), Câmara aprovou projeto voltado à saúde mental nas escolas, mas rejeitou proposta de combate à fome com ampla maioria de votos contrários
Na sessão
ordinária realizada na última
quinta-feira, 27 de março, a Câmara Municipal de Ribeirão Preto analisou
dois projetos de impacto social. O Projeto
de Lei nº 46/2025, de autoria da vereadora Perla Müller (PT), aprovado
por unanimidade com 20 votos favoráveis, instituindo a Política Municipal de Atenção Psicossocial
nas Comunidades Escolares, e o Projeto de Lei nº 70/2024, do Coletivo Popular Judeti Zilli (PT), o
qual tinha o objetivo de instituir o Programa
Cozinhas Solidárias, foi rejeitado
por 17 votos contrários e apenas 4 favoráveis.
Os dois projetos tratam de direitos sociais garantidos pela Constituição Federal: a alimentação e a saúde. Se a aprovação do PL da saúde mental avança no fortalecimento da rede escolar como espaço de acolhimento e cuidado, a rejeição do projeto das cozinhas solidárias expõe a intransigência da Câmara em implementar políticas municipais de segurança alimentar que beneficiem a agricultura familiar e a população em situação de vulnerabilidade, mesmo em um contexto onde mais de 20 mil pessoas enfrentam fome em Ribeirão Preto, segundo justificativa do próprio Projeto de Lei.
Aprovado: Atenção Psicossocial nas Escolas
O PL 46/2025
estabelece ações permanentes de promoção à saúde mental no ambiente escolar,
voltadas a alunos, professores e famílias. A proposta visa prevenir violências,
promover o respeito à diversidade e fortalecer redes de apoio entre educação,
saúde e assistência social. A vereadora Perla Müller defendeu o projeto em
plenário e contou com apoio explícito de colegas como Duda Hidalgo e Judeti
Zilli.
Após a
aprovação, o vereador Paulo Modas
pediu que fosse registrada em ata sua manifestação favorável ao projeto, que
passa a integrar as diretrizes municipais da educação e saúde mental.
Rejeitado: Programa Cozinhas Solidárias
Inspirado na
Lei Federal 14.628/2023, o PL
70/2024 pretendia criar uma rede municipal de cozinhas que oferecessem refeições
gratuitas e de qualidade para pessoas em situação de vulnerabilidade e
insegurança alimentar. A proposta previa parcerias com organizações da
sociedade civil e aquisição de alimentos da agricultura familiar.
A vereadora Judeti Zilli (PT) defendeu a medida em
plenário, com apoio declarado de Duda
Hidalgo, Perla Müller, ambas do PT, e Rangel Scandiuzzi (PSD), os únicos
que votaram SIM. No entanto, o
projeto enfrentou encaminhamento
contrário do vereador André Rodini (NOVO) e acabou rejeitado por ampla maioria: 17 votos NÃO e 4
votos SIM.
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