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terça-feira, 5 de janeiro de 2016

O QUE A VEJA ENTENDE DE EDUCAÇÃO? NADA!!!!

No último dia do ano de 2015, a revista Veja publicou um artigo sobre a competitividade dos Estados Brasileiros. Segundo a reportagem esse ranking foi baseado em um “sério” estudo e com categorias muito bem definidas para causar um “saudável mau estar nos dirigentes públicos”. Até ai tudo tranquilo, continua sendo uma reportagem água com açúcar que não acrescenta nada até eu ver que a revista aferiu nota
máxima ao estado de São Paulo no quesito educação (as notas vão de zero a 100)



Ficam algumas perguntas sobre essa nota atribuída pela revista:

  •  Como um estado que não tem plano de educação recebe a nota máxima?
  •  Como um estado que joga bombas e trata os estudantes como criminosos recebe nota máxima?
  • Como um estado que sucateia as unidades escolares fazendo cortes milionários nas verbas públicas estaduais para educação pode ter nota máxima?
  • Como um estado que fere o princípio constitucional de gestão democrática da educação recebe nota máxima?
  • Como um Estado que trata os professores como vagabundos e baderneiros pode receber nota máxima?
  • Como um Estado que estabelece uma política educacional de fechamento de salas de aulas e extinção do ensino noturno para os estudantes trabalhadores recebe nota máxima?
  • Como um estado que pensa a educação de modo taylorista recebe nota máxima?
  • Como um estado que prioriza o mercado de trabalho em detrimento da formação humana pode receber nota máxima?
  • Como um estado que age de modo autoritário de fascista com todos os que defendem uma educação de qualidade, pública e universal pode receber nota máxima?
  • E por fim, como um estado que estabelece uma política pública de construir presídios terceirizados com lotação mínima estabelecido em contrato, ferindo os princípios de dignidade humana e de liberdade individual dos indivíduos e fechando escolas, marginalizando as populações mais desvalidas, pode receber nota máxima?
Essas são só algumas perguntas que se pode fazer ao editor dessa reportagem e aos consultores de educação dessa revista especialista em criar factoides para iludir e disseminar a desinformação na população brasileira.

Agora cabe a cada um de nós buscar responder essas questões e mostrar a verdadeira condição da educação no Estado de São Paulo.

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Fabio Soma
Filósofo, Pedagogo e Mestre em Filosofia Política

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