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terça-feira, 4 de outubro de 2016

Assim como os postulantes em Ribeirão Preto, Dória promete repressão aos movimentos sociais em SP!

Por aqui, Ribeirão Preto, os dois postulantes a ocupar a sala à direita do salão superior do Palácio Rio Branco prometem jogo duro com os movimentos sociais que lutam por direitos da minorias e por moradia digna.

Tem um que diz claramente que 'não vai tolerar novas favelas na cidade'. Como um Prefeito pode evitar novas favelas em uma cidade como Ribeirão Preto, onde não há nem por parte do município, nem por parte do Estado e nem por parte do Governo Federal, que acabou com o Minha Casa Minha Vida, programas de habitação popular?

Na porrada!

Em Ribeirão Preto são mais de 50 favelas, 30 delas com pedido de reintegração de posse já emitidos.

O desrespeito aos direitos humanos é flagrante na cidade.

Seguros de que o eleitorado de hoje é de direita e midiaticamente reacionário, governantes planejam partir para cima dos movimentos sociais, principalmente criminalizando suas lideranças e dispersando suas manifestações na força bruta.

O mesmo recado dado aqui é dado em SP pelo janota que venceu as eleições.

Do Brasil 247


O coordenador geral do MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem Teto), Guilherme Boulos, rebateu as declarações do prefeito eleito neste último domingo (2), João Doria (PSDB), que mandou "um recado ao MTST" durante uma entrevista ao programa Café com Jornal, da Rede Bandeirantes.
"Eu queria deixar um recado ao MTST e a outros movimento desse tipo que teimam em ficar ocupando propriedade públicas e privadas. Conosco não vai haver condescendência não, essa que houve não vai existir mais. Nós vamos dar um tratamento rigoroso a eles, a aplicação da lei", disse.
Boulos retrucou a declaração de Dória dizendo que o "MTST não precisa pedir licença para fazer ocupação".
"O Doria precisa entender que o povo não precisa pedir licença para ninguém para fazer ocupação. Não precisamos da autorização do Doria para fazer ocupação. A não ser que ele esteja fazendo uma ameaça, de agir com milícias, de usar a guarda municipal em terrenos privados, de agir de uma forma ilegal sem uma ordem judicial. Se o prefeito eleito de São Paulo está fazendo uma ameaça é uma coisa, agora se ele só está esbravejando, o movimento social nunca pediu licença pra ninguém para lutar por moradia, para fazer ocupação, e não é agora que a gente vai pedir", afirmou.
Segundo Guilherme Boulos, o problema da moradia está se agravando na cidade e as ocupações tendem a se intensificar por conta do contexto econômico e isso não tem nenhuma relação com João Doria.
"O problema da moradia está se agravando na cidade, nós temos uma recessão, desemprego, mais gente com dificuldade para pagar aluguel e é natural que vai crescer a luta por moradia e é natural que vai crescer as ocupações, seja o Doria ou não", completou.
Na sequência da entrevista para a Band, o empresário disse que vai atuar em parceria com o governo do Estado com o programa "Casa Paulista".
"Ele está falando uma groselha tremenda, já existe o programa Casa Paulista e já existe o Casa Paulistana criado há dois anos atrás pela gestão municipal [Haddad]. Isso mostra um total desconhecimento dele de política de habitação", disse Boulos.
O coordenador do MTST ainda completou dizendo que o movimento "não vai recuar nenhum passo" na luta por moradia.
"O problema da moradia não se trata com polícia, se trata com política pública. O MTST não vai recuar um passo na luta por moradia", afirmou.

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