Enquanto a direita latino americana, por aqui representada pela parceria mídia-tucanato e pelas micaretas com camisa da CBF, constrói uma narrativa de intolerância, ódio e boçalidade, Pepe Mujica fala ao coração da juventude com a ternura revolucionária que só os grandes desenvolvem.
Hoje ninguém fala ao coração do jovem. Dos obtusos da direita, passando pelos adeptos da seletividade moral aecista, até a esquerda. Eles não falam à juventude.
A mídia não fala à juventude, pois além de mentiras e hipocrisia, sua linguagem tosca não é coisa que empolgue um jovem.
Os partidos de esquerda não têm falado a língua dos jovens. A literatura não tem falado a língua dos jovens.
O que é a língua dos jovens?
É a língua dos sonhos, da aventura, da irresponsabilidade de lutar por utopias, é a imprudência de se sentir imbatível e capaz de transformar o mundo.
A língua dos jovens tem esperança, tem generosidade, tem atrevimento, tem o dom de confiar na bondade, na justiça, na possibilidade de trocar ideias.
Nada tem falado a língua dos jovens, exceto Francisco e Mujica.
Colocar grãos de açúcar nos corações é falar a língua dos jovens.
Pepe Mujica esteve reunido com jovens brasileiros e deu um recado: a esquerda vive no exemplo de nossos heróis. Pepe é um herói.
Pepe e Francisco nos mostram de maneira simples aquilo que às vezes por egoísmo e burrice esquecemos: que a vida só vale a pena se o próximo também puder viver uma vida plena.
Nesses tempos de capitalismo financeiro, nossa dupla de velhinhos jovens nos mostra que nossas democracias só prestam se for para diminuir as desigualdades e colocar os milhões de seres humanos excluídos em condições de dignidade.
A juventude vai reacender a chama quando se sentir participante de um projeto que melhore a vida das pessoas.
Temos um país a construir, temos uma América Latina a construir. O povo tem a força, o jovem tem a força.
A esquerda vive.
Em frente!
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