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sábado, 3 de junho de 2017

Temer vai cair nos próximos dias e o Brasil vai ter exigir eleições diretas!!


A prisão do ex-deputado Rocha Loures e o possível grampo ligando a mala de 500 mil reais ao atual Presidente coloca Temer e seu governo na marca do pênalti.

A queda é questão de dias, pois Temer não terá condições de resistir no cargo e enfrentar um inevitável processo de impeachment.

A questão mais delicada hoje não é se Temer cai ou não cai, mas o que o Brasil fará após a sua queda.

O desgoverno Temer/PSDB foi o que resultou do processo golpista que cassou 54 milhões de votos e feriu a democracia. Um conluio fisiológico unindo o traidor com o derrotado. Hoje, o traidor e o derrotado estão na lona, junto com o país.

Do fatídico e complexo golpe, apenas a ponta político-fisiológica está cambaleante. O restante do conluio, principalmente o lado que defende os interesses do grande capital, tenta se manter forte e operante independente do apodrecimento e queda de Temer.

A mídia e o grande representante do capital no governo, Henrique Meirelles, já deram o tom: manter a agenda de reformas independente do desfecho político.

As reformas trabalhista e previdenciária são o complemento da PEC do congelamento de gastos por 20 anos, que busca transformar o Brasil em uma máquina pagadora de juros ao custo da aniquilação dos instrumentos de fomento, seguridade/proteção social e planejamento do Estado brasileiro.

O processo de reconstrução da democracia brasileira passará pelas decisões do pós-Temer.

A solução de um Presidente indireto que insista na pauta das reformas sem maior debate na sociedade vai apenas agravar o problema atual.

É parte da tarefa da unidade popular e democrática exigir que o debate político nacional só seja retomado após um novo governo ser legitimado no voto.

Para isso, um governo de transição é necessário. Um governo transitório que prepare o país para o processo eleitoral.

Se vivêssemos em plena democracia, esse governo de transição deveria ser conduzido pela Presidenta Dilma que, golpeada por um impeachment sem provas, deveria ter seu mandato devolvido.

Mas como nossa democracia ainda tem de ser reconstruída, essa opção é remota. Resta, portanto, uma solução racional, fruto de um acordo político amplo, que devolva o país à normalidade democrática.

Temer caindo, o Brasil tem de gritar Diretas, já!

Ricardo Jimenez

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