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quarta-feira, 12 de julho de 2017

No dia em que Brasília acaba com a CLT, Câmara de RP barra lei que cobra entidade patronal


Fotos Filipe Peres

Os representantes do Comitê Unificado contra as reformas, que envolve sindicatos e movimentos de Ribeirão Preto, como a Frente Brasil Popular, que mais cedo realizaram uma panfletagem no centro da cidade, estiveram na Câmara na noite desta terça-feira, 11/07.


Foi uma noite de sessão onde o público presente estava com a atenção mais ligada em Brasília do que em Ribeirão Preto.


Mas, enquanto os senadores em Brasília votavam o fim da CLT, os vereadores de RP tocavam normalmente a sessão como se nada estivesse acontecendo.

Com três exceções: Luciano Mega (PDT), Zucolotto (PP) e Jorge Parada (PT) que ocuparam a tribuna para denunciar o governo Temer e a aprovação da reforma trabalhista.


Um dos representantes do Comitê Unificado também teve acesso à tribuna para denunciar os prejuízos da aprovação da reforma trabalhista para toda a classe trabalhadora.


Coincidentemente, estava presente à sessão o Presidente da ACI, pois uma das leis aprovadas na noite foi a que restringe a atividade de feiras itinerantes na cidade, algo do interesse da ACI, para "proteger o comércio local e arrecadar divisas para RP".



Ou seja, na noite onde Brasília decretou o fim da CLT, a Câmara de RP deu mais um presente para a entidade patronal ribeirão-pretana.

As entidades patronais comemoraram a aprovação da reforma alegando que a flexibilização das leis trabalhistas facilitam a geração de empregos.

Setores da Justiça do Trabalho e as principais centrais sindicais contestam e denunciam que a reforma trabalhista é inconstitucional, desrespeita acordos firmados no âmbito da OIT, não gera mais empregos e deixa o trabalhador mais desprotegido e que a precarização das relações de trabalho é um risco iminente.

Outras análises vão ainda mais longe a afirmam que a reforma aprovada joga as relações de trabalho para o período pré-1930.

Blog O Calçadão

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