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domingo, 17 de setembro de 2017

A grande mídia desconversa, mas segunda denúncia de Janot revela a farsa do impeachment!

Ainda há tempo de se fazer justiça, ainda há tempo de consertar a vergonha histórica!
Por Alex Solnik no Brasil 247
Está em marcha, por meio de grandes órgãos da imprensa, como a Folha de S. Paulo uma campanha de desmoralização da segunda denúncia de Janot contra Temer.

   É uma peça de 245 páginas. Confiando em que ninguém vai ler na íntegra os jornais dizem o que querem, o que pode levar seus leitores a conclusões nem sempre casadas com a realidade.
   Argumentos tais como “denúncia baseada em fatos ainda não apurados” ou “denúncia fundamentada em delações” e delações por si sós não constituem prova, são repetidos insistentemente, mas não devem ser levados em conta.
   Tentam desqualificar Janot porque ele não soube lidar com a fita secreta e misteriosa que provocou a prisão de Joesley, mas, assim como as provas não perdem validade com o rompimento do acordo de delação, não se pode ignorar a competência da denúncia em razão da falta de cuidado na divulgação do autogrampo.
   Denúncia fundamentada em delações não quer dizer palavra de um contra outro; não, há várias mensagens de celular, inclusive uma de Cunha colocando Temer no topo da pirâmide - o diálogo em que Henrique Alves afirma que seriam “2 convites” para SP e para RN, ao que Cunha responde, com sua fina argumentação: “isso vai dar merda com Michel”.
   Dizer que é denúncia baseada em fatos não apurados é fechar os olhos e ouvidos às frases-chave do grampo de Temer com Joesley – “Rocha Loures é da minha mais alta confiança” e “tem que manter isso, viu”? –; à cena de Rocha Loures com a mala e jogar areia no fato de que Janot está pedindo abertura de investigação contra o presidente da República, razão pela qual ele não precisa dar os fatos por provados, mas elencar fortes e veementes indícios de práticas criminosas, o que ele cumpre com louvor.
   Janot deixa claro que o primeiro e principal alvo da quadrilha do PMDB chefiada, segundo ele, por Temer foi a Petrobras e apresenta uma coleção de crimes cometidos pelo grupo Temer-Padilha-Moreira Franco-Geddel-Cunha, assim como os conflitos internos e desavenças de forma lógica, cronológica e coerente.
   Num dos trechos mais relevantes, Janot revela, com fatos, que o impeachment da presidente Dilma não se baseou nas pedaladas fiscais alegadas; a quadrilha do PMDB a derrubou convencida de que Temer, e não ela os protegeria da Lava Jato.
   Um golpe, portanto.
    Diz o trecho:
   Em 2015, a relação entre os integrantes do "PMDB da Câmara" ora denunciados e a ex-presidente Dilma Rousseff estava fortemente abalada, especialmente pela exoneração de MOREIRA FRANCO da Secretaria de Aviação Civil sem prévio ajuste com MICHEL TEMER.
   No meio deste clima de descontentamento, no início de 2015, EDUARDO CUNHA decidiu não observar o acordo de alternância entre PT e PMDB e lançou-se candidato à Presidência da Câmara dos Deputados numa disputa com o candidato do PT Arlindo Chinaglia.
   Esse episódio marcou uma virada importante no relacionamento entre os integrantes do núcleo político da organização criminosa do "PMDB da Câmara" e do PT.
   Os caciques do PMDB achavam que o governo não estava agindo para barrar a Operação Lava Jato em relação aos "aliados" por que queriam que as investigações prejudicassem os peemedebistas; já os integrantes do PT da organização criminosa desconfiavam que aqueles queriam fazer uma manobra política para afastar a então presidente Dilma do poder e assumir o seu lugar.
   As desconfianças foram alimentadas pela instauração no âmbito do Supremo Tribunal Federal de inúmeros inquéritos relacionados à Operação Lava Jato.
   Embora eles também atingissem integrantes do PT, a crença dos denunciados era de que apenas os inquéritos contra os "aliados" avançariam. Por outro lado, foi formulada no âmbito da Câmara dos Deputados representação de impedimento contra a então presidente Dilma em 01.09.2015, aditada em 17.09.2015 e, depois, em 21/10/2015.
   A tensão originada entre os integrantes do núcleo político da organização criminosa, em especial integrantes que pertenciam ao PT e ao "PMDB da Câmara", ocasionou uma forte crise política.
   Coube a MICHEL TEMER expor, numa carta, a insatisfação do seu grupo político com o governo. Nesta carta, MICHEL TEMER cita expressamente o seu descontentamento com o tratamento dispensado pela então Presidente Dilma para com seus aliados de sempre MOREIRA FRANCO e ELISEU PADILHA.
   A crise dentro do núcleo político da organização criminosa aumentava à medida que a Operação Lava Jato avançava, desvendando novos nichos de atuação do grupo criminoso.
   Nesse cenário, os articuladores do PMDB do Senado Federal, em especial o Senador Romero Jucá, iniciaram uma série de tratativas para impedir que a Operação Lava Jato continuasse a avançar.
   Como não lograram êxito em suas tratativas, em 29.03.2016, o PMDB decidiu deixar formalmente a base do governo e, em 17.04.2016, o pedido de abertura de impeachment da Presidente Dilma Rousseff foi aprovado pela Câmara dos Deputados.
   É mais um forte argumento pela anulação do impeachment, assinado pelo chefe de um dos mais altos cargos do Poder Judiciário.

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