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quarta-feira, 2 de maio de 2018

Dória e Bolsonaros jogam a culpa nos sem teto, destilando ódio!

O discurso humanitário, inclusivo,
tolerante e com responsabilidade social
não pode sucumbir à truculência odiosa!


Há duas figuras políticas, para além dos aécios, temers, moros, dallagnois e afins, que se beneficiaram e muito do discurso intolerante, elitista, raivoso, preconceituoso, excludente, hipocritamente seletivo e de rebaixamento da política ressurgido em 2013 e fortalecido nas campanhas golpistas de criminalização do PT, de impeachment de Dilma e de perseguição a Lula: Dória e Bolsonaro (incluindo seu clã).

Dória e Bolsonaro são os filhotes do discurso hipócrita e seletivo comandado pela aliança Globo/lava jato.

Um conquistou a Prefeitura de São Paulo em um processo político totalmente dominado pelo discurso nonsense e anti-petista, em 2016, derrotando um excelente Fernando Haddad e uma administração que buscava humanizar São Paulo; enquanto o outro cresceu e se estabeleceu em um patamar de 15% de intenções de votos para as eleições presidenciais de 2018 na base da lástima intelectual e moral que virou o Brasil.

O preconceito e a linguagem intolerante também revelam um total descaso com a real temática social, com a real situação de dramática concentração de renda e desigualdade social deste país.

Estamos convivendo com um ambiente de de tiros, de assassinatos obscuros, de injustiça e prisões ilegais, de afronta a quilombolas, de afronta a mulheres, de afronta a gays, de afronta a quem é pobre, de afronta e ameaça a quem é de esquerda ou petista ou luta em movimentos sociais.

O ex-Prefeito de São Paulo vem a Ribeirão Preto, na festança do agronegócio, e afronta os sem teto chamando quem luta por moradia de criminoso e isso no dia do desabamento em São Paulo e na cidade do interior paulista onde o principal problema social é a moradia.

Ribeirão Preto tem mais de cem núcleos de ocupações e favelas, 45 mil pessoas sem ter onde morar.

Criminosos, segundo Dória.

Já o filhinho do 'mito' tentou culpar o MTST pela tragédia, talvez já demonstrando a paúra clássica dos covardes contra a ascensão de Guilherme Boulos.

Ontem uma senhora, de seus sessenta anos, comentou no facebook do blog O Calçadão que "quem invade coisas é vagabundo"  e que Lula "devia ser torturado até a morte pelo que fez ao Brasil". Respondi que ela está doente e precisa de tratamento, como o Brasil precisa de tratamento.

A liderança que representa o único período recente de inclusão social sofre com o discurso torpe, ensandecido malhado pelo golpismo, principalmente pela mídia, alimentando o ódio e a canalhice explícita.

Por detrás disso, algo pior espreita: a entrega do país e o rebaixamento do seu povo perante interesses antinacionais e antipopulares.

Até quando?

Precisamos ouvir e ler Leonardo Boff : "a algo maior por trás de quem golpeia a democracia e o Brasil" e esse algo não é,como defende Boff, Francisco e Lula, a opção pelos pobres.

Precisamos resgatar a alma nacional e lutar com dureza contra o golpe mas sem perder a nossa ternura de alma.

Ricardo Jimenez

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