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quarta-feira, 8 de agosto de 2018

Após 24 anos, São Paulo está próximo de se livrar de Dória e do PSDB!

Rejeição com gosto de fel
As mais recentes pesquisas apontam que, depois de 24 anos seguidos, 14 anos somente com Geraldo Alckmin, o Estado de São Paulo está próximo de se livrar do PSDB e de seu mais novo presente de grego, o ex-Prefeito que abandonou a cidade de São Paulo João Dória.


Os 24 anos de PSDB no Estado representaram anos de retrocessos na educação (São Paulo paga o 18o salário do Brasil aos professores, oferece um plano de carreira pífio e já fechou mais de 2500 salas de aula), na saúde (hoje cerca de 80% do orçamento da saúde é controlado por ONGs e OSs, em um processo brutal de privatização da saúde e desmonte do SUS no Estado), na inclusão social (a desigualdade e a concentração de renda aumentaram), na moradia (a falta de programas de moradia popular torna o déficit de moradia e a questão das favelas um grave problema social em todo o Estado), no desenvolvimento regional e econômico (São Paulo recuou em 10% sua participação no PIB nos governos tucanos e o desemprego na região metropolitana de SP atinge 18% em 2018), na reforma agrária e apoio à agricultura familiar (a São Paulo tucana só tem olhos para o agronegócio e para a indústria do agrotóxico), na segurança pública (a falta de estrutura da Polícia Civil e o crescimento e consolidação do poder do PCC no estado) e na transparência da coisa pública (escândalos de corrupção permanecem sem investigação devido ao aparelhamento da máquina pública estadual promovido pelos anos de controle tucano). 

Além disso, a mais nova cria tucana, o mais novo presente de grego ao povo paulista, o ex-Prefeito João Dória, que abandonou a cidade de São Paulo no meio de um péssimo mandato para tentar concorrer à Presidência ou a Governador (o que acabou ocorrendo) é o mais rejeitado: 33% de rejeição no Estado e 52% de rejeição na capital, onde o paulistano já o conhece bem.

Uma derrota de Dória e do PSDB em São Paulo após 24 anos será uma benção para o Estado pois vai por fim a uma estrutura política que comanda o Estado como um feudo e vai abrir novas possibilidades de construção política e de caminhos administrativos para o maior Estado da federação.

Este blog espera e defende que candidaturas defensoras de projetos populares como a da professora Lisete Arelaro, do PSOL, e a de Luiz Marinho, do PT, que contará com a força de Lula, possam crescer a vencer a eleição.

Mas este blog julga positiva se uma derrota do PSDB ocorrer para o atual Governador Márcio França (PSB), pois apesar de França ter sido vice de Alckmin, uma vitória sua representará uma derrota da máquina tucana no estado.

Claro que o lado conservador do eleitor paulista, principalmente do interior do Estado, submetido a uma estrutura de mídia e a uma estrutura política municipal ligadas ao projeto neoliberal, se manifesta, segundo as últimas pesquisas, em apoio à candidatura do Presidente da FIESP, o homem do pato, Paulo Skaf (MDB). O projeto de Skaf é tão neoliberal quanto o projeto tucano, e Skaf é um dos líderes do golpe contra o mandato de Dilma, que atirou o país nos braços do desgoverno Temer, e do desemprego. Mas mesmo com Skaf, que terá de repactuar São Paulo e construir novos diálogos políticos, há algum ganho comparado ao benefício de uma derrota tucana e de Dória.

Ou seja, o melhor presente que o povo paulista poderia dar a si próprio e ao Estado em 2018 seria derrotar o PSDB e acabar com o atual 'Tucanistão'.

Confira reportagem do site Brasil 247 com o balanço da gestão Dória feito pela liderança do PT na Câmara de Vereadores de São Paulo e entenda porque 52% dos paulistanos o rejeitam.

Blog O Calçadão

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