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sexta-feira, 31 de maio de 2019

Estudantes, professores e trabalhadores não desmobilizam e 3000 pessoas voltam às ruas em defesa da Educação

Alunos, professores e trabalhadores voltaram a protestar contra os cortes da Educação.
Fotos: Filipe



Nesta quinta-feira, 30, o Tsunami da Educação voltou pela segunda vez em 15 dias. Em todo o país, em torno de 1 milhão de estudantes, professores e trabalhadores se mobilizaram para protestarem contra os cortes da Educação. Em Ribeirão Preto não foi diferente. Os defensores da educação pública ocuparam as ruas e gritaram bem alto que "não vai ter cortes, vai ter luta".


A concentração de pessoas começou às 15:00. Desde o início da tarde, a população começou a se reunir. Às 16:00, quando começou a aula aberta com os professores da USP, o calcadão do centro da cidade já estava cheio.

O professor do Curso de Medicina da USP/Ribeirão Preto, Eurico Arruda, chamou a atenção para a grande quantidade de recursos financeiros gastos pelo Brasil com os juros da dívida. De acordo com ele, o país gasta 40% do que arrecada contra menos de 4% com a educação. Arruda também desmentiu o argumento dos neoliberais de que nos EUA as universidades não realizam pesquisas com dinheiro do governo federal. O professor do Curso de Medicina mostrou que , mesmo na terra do Tio Sam, 60% das pesquisas são financiadas pelo poder público.

Eurico Arruda, professor do Curso de Medicina da USP, provou que até nos EUA a maior parte do financiamento de pesquisas é público.


Em seguida, foi a vez da professora de Direito Internacional, Cynthia S. Carneiro realizar num recorte histórico e mostrar como as potências centrais sempre exploraram o Brasil, as nossas riquezas naturais e, a partir deste olhar, nos deixaram ocupar sempre uma posição subalterna em relação aos países mais desenvolvidos.

Cynthia, em sua fala, defendeu o ex-presidente Lula. A professora lembrou os presentes que Luís Inácio tinha um projeto de desenvolvimento soberano e que, por isso, está preso, atualmente. Além disso, a docente condenou a criminalização da profissão de professor. Para ela, isso ocorre devido ao papel questionador que a educação desenvolve no indivíduo.

A professora de Direito Internacional defendeu a importância da pesquisa para o desenvolvimento do país.

Mas não teve, apenas, aulas abertas. Os estudantes universitários mostraram um pouco de suas pesquisas à população, panfletarem e conversaram com as pessoas, fazendo-se entender.

Universitários dialogaram com a população durante todo o ato.


No início da noite, Manuela Aquino, da direção estadual do MST, do setor de educação, lembrou que, além dos protestos contra os cortes da Educação, os atos do #30M também tiveram como pauta o "Fora Bolsonaro" e a  a "Luta Contra a Reforma da Previdência". Manuela também convocou a população para o ato do dia 14/06, contra a Reforma da Previdência.

Veja o vídeo:


Catanduva

Em Catanduva, na frente  do IF/Cantanduva, professores do Instituto Federal, alunos e funcionários protestaram, novamente, contra os cortes na educação. Os IFs perderam cerca de 24% de toda a verba que recebiam.

Veja o vídeo:



Veja os demais vídeos:

Eurico Arruda (Professor do Curso de Medicina da USP/Ribeirão Preto




Cynthia S. Carneiro (Professora de Direito Internacional do Curso de Direito da USP/Ribeirão Preto).



Estudantes da USP falam sobre a experiência de dialogarem com a população.



Veja mais fotos:

























































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