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sexta-feira, 21 de junho de 2019

Na Argentina, no Brasil, o neoliberalismo é atraso e miséria

A Argentina antecipa o sofrimento do trabalhador brasileiro

Eleito em 2015, o Presidente Maurício Macri leva a Argentina a antecipar em um passo o trágico destino do trabalhador brasileiro diante da aplicação do modelo neoliberal.

Apresentado pela imprensa brasileira e pelo atual governador de São Paulo, o pré-candidato a Presidente João Dória, como o supra-sumo da modernidade gerencial e o condutor da Argentina às maravilhas do mercado capitalista, Macri conduz o seu país ao caos econômico e social e abre um cenário de terror aos brasileiros.

O neoliberalismo representa a destruição da soberania econômica e política de um país, além da destruição social. É o modelo do capitalismo financeiro. É o modelo que transforma o Estado em extrator de impostos do povo para pagar juros aos bancos, transforma o mercado de trabalho no paraíso da exploração dos 'pejotas' que antes eram trabalhadores com direitos trabalhistas e transforma a economia de um país periférico em exportadora de alimentos e minérios e importadora de produtos industriais e de alta tecnologia.

A Argentina de Macri caminha para o segundo ano de recessão severa. Mais de 5 milhões de argentinos voltaram para a miséria. O desemprego é uma chaga social. O setor público, por ação ideológica dos economistas neoliberais,está incapacitado de atuar na economia. A balança comercial é negativa e a dolarização dos produtos importados aumenta sobremaneira a inflação, flagelando ainda mais o povo.


As medidas de austeridade fiscal são feitas para garantir o pagamento de juros aos bancos para a rolagem do sistema financeiros (é uma agiotagem) em cima da brutal exploração do trabalho e da produção nacional.

O financiamento do Estado de Bem-Estar Social, que oferece saúde, educação e seguridade social (aposentadoria) ao povo se torna insustentável. Daí o encaminhamento de propostas de privatização da educação, da saúde e da previdência.

O resultado é o desemprego, a pobreza, a concentração de renda e a desigualdade social.

Pegue tudo isso e coloque no Brasil, pois estamos apenas seis meses atrasados com relação à Argentina, porque por aqui o projeto neoliberal se iniciou com Temer em 2016, através do programa "Ponte para o Futuro" (costurado junto com o PSDB), e está tendo continuidade com o governo Bolsonaro, através do banqueiro Paulo Guedes.

Aliás, pegue tudo isso dito neste artigo e compare com o mundo. Busque os resultados do neoliberalismo na Europa, no México, na África. Busque os resultados econômicos no mundo e verá o aumento da pobreza, da fome, das guerras, dos movimentos migratórios em massa, do desemprego crescente e da brutal concentração de renda que só aumenta.

Isso tudo tem nome: neoliberalismo.

O problema é que grande parte do mundo já percebeu esse desastre há algum tempo e há movimentos para buscar um novo modelo econômico que preserve a dignidade humana e propicie um desenvolvimento com distribuição de renda. Mas na Argentina e no Brasil o neoliberalismo é tardio e muito mais perigoso, pois vem com mais pressa e de mãos dadas com projetos autoritários de poder.

Precisamos fazer a ligação correta entre Macri, Temer e Bolsonaro e deles com o neoliberalismo, para conscientizarmos a população brasileira da necessidade de superar essa conjuntura tão adversa a todos.

Blog O Calçadão




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