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terça-feira, 25 de fevereiro de 2020

Em São Paulo, bloco de carnaval em homenagem a Belchior faz resistência aos retrocessos do governo Bolsonaro

Vulva livre foi a resposta do carnaval a ministra da família, da mulher e dos direitos humanos do Brasil, Damares Alves, que aconselhou a castidade como modo de prevenção. 



O carnaval, seja na avenida, seja nos blocos de grandes centros tem denunciado os retrocessos do governo federal/estadual em todo o país. Se em 2019 eu fui ao bloco de carnaval "Quem tem boca vaia Roma", este ano, mais uma vez levado pela minha companheira, conheci o bloco "Ano passado eu morri, mas este ano eu não morro", em homenagem ao falecido cantor Belchior, na Pompéia, em São Paulo. Cerca de 20.000 pessoas passaram pelo bloco.


O nome do ministério de Bolsonaro já dá o tom do retrocesso: ... direitos humanos do Brasil. Fazendo trocadilho com o Lula Livre, que é carregado em vários braços e tatuagens de rena ao longo do bloco, um grande estandarte "Vulva Livre" dá o tom da carnavalização como meio de resistência e denúncia aos retrocessos civis/coletivos da sociedade brasileira desde o golpe imposto a Dilma Roussef, em 2016.



Não faltaram "fiscais de cu" referências e hilárias aos métodos "contraceptivos" de Damares. No alto, uma alegoria de um pássaro prateado com o dizer "Sempre desobedecer" chama a sociedade para a desobediência civil como modo de resistência. Tudo levado ao som de Belchior em ritmo de marchinha.

Não faltaram bandeiras com dizeres "Lute como uma ocupação", "Lute como um Guarani". Está é a principal mensagem deste carnaval: Lute!

Carnaval é resistência.

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