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sexta-feira, 17 de julho de 2020

Para Presidente da Associação Cultural e Ecológica Pau Brasil, Reinaldo Romero, demissão de Lubia Vinhas tem caráter político

Reinaldo Romero em vídeo gravado e divulgado nas redes sociais.
Foto: Associação Cultural e Ecológica Pau Brasil




Exonerada no último dia 13 de julho, Lubia Vinhas, no dia, afirmou que não entendeu o motivo de sua exoneração. Em nota, o INPE afirmou que a demissão de Lúbia "tem como principal objetivo buscar sinergias e otimizar os recursos humanos e os recursos de infraestrutura do Instituto para um funcionamento eficiente". Entretanto, a exoneração, assinada pelo ministro da Ciência e Tecnologia, Marcos Pontes, foi publicada no Diário Oficial da União veio após um alerta de desmatamento recorde na Amazônia. De acordo com o Presidente da Associação Cultural e Ecológica Pau Brasil, Reinaldo Romero, a demissão teve caráter político.


Para Reinaldo Romero, a exoneração de Lubia Vinhas, Coordenadora Geral de Observação da Terra, do INPE atende uma necessidade do Presidente Bolsonaro de ter um técnico que acate as suas ordens de abafamento dos dados reais de desmatamento da Amazônia.
“O Bolsonaro desde que assumiu vem fazendo este desmonte dos órgãos de fiscalização. Ele demitiu o antigo diretor do INPE, Ricardo Galvão. Aquele fiscal, diretor que está trabalhando, coibindo quem está desmatando, ele demite, ele manda o cara embora. Ele vem se colocando como inimigo do meio-ambiente, da saúde, dos indígenas, inimigo das pessoas do cidadão”.

Para o Presidente da ONG Pau-Brasil, o desmonte dos órgãos de fiscalização estaduais e federais refletem na região de Ribeirão Preto. De acordo com Reinaldo, percebendo a desestruturação, quem está por trás destas novas grandes queimadas segue a linha de pensamento conservadora de barateamento de custos.
“É urgente que as pessoas façam denúncias aos órgãos, à polícia militar e ambiental, à CETESB e à Guarda-Civil Ambiental de Ribeirão Preto.

Para Reinaldo é fundamental que o setor sucroalcooleiro cumpra o acordo firmado na Câmara que teve como marco o ano de 2014

O Caso Ricardo Galvão

Em agosto de 2019, após travar uma batalha pela divulgação dos dados do desmatamento com Presidente da República Jair Bolsonaro, denunciando o aumento do desmatamento na Amazônia, o então Diretor do INPE foi exonerado pelo ministro Marcos Pontes. Na época, especialistas alertaram que uma censura sobre a divulgação de dados do INPE estava em curso.

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