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quarta-feira, 23 de junho de 2021

Estudo do IBGE traz dados de acesso à agua no pré-pandemia de Covid-19

 

Área rural é atingida pela desigualdade no abastecimento de água, segundo estudo do IBGE.
Foto: Filipe Augusto Peres


O IBGE divulgou nesta terça-feira os Indicadores Sociais de Moradia no Contexto da Pré-Pandemia de Covid-19, divulgados, hoje (23). O estudo aprofunda a análise das condições de vida da população brasileira, com foco em características dos domicílios: abastecimento de água; adensamento domiciliar; existência de banheiro e rendimento domiciliar. Os indicadores realizaos a partir da PNAD Contínua 2019 e serve para aprofundar a análise das condições de vida da população brasileira, com foco em características dos domicílios: abastecimento de água; adensamento domiciliar; existência de banheiro e rendimento domiciliar. 

De acordo com o texto, quase 38% da população do país tinha alguma vulnerabilidade de acesso à água, o que poderia dificultar a higienização das mãos e de objetos em 2019, período anterior à pandemia de Covid-19. O estudo também mostra que 22,4% moravam em domicílios sem abastecimento diário ou estrutura de armazenamento de água, que 11,9% eram abastecidos por outra forma que não a rede geral. Ademais, 3,4% dos domicílios não estavam ligados à rede geral de água nem contavam com canalização.

Analista do estudo, Bruno Mandelli Perez esclarece a importância do conhecimento.

“No contexto atual, no qual autoridades de saúde apontam a importância do distanciamento social e da lavagem das mãos com água e sabão para o combate à pandemia, o IBGE considera fundamental disponibilizar informações que auxiliem a superação da crise e a proteção da população frente ao grave quadro de saúde pública global”.

Nas grandes regiões do país, as dificuldades de higienização são ainda maiores. De acordo com a publicação, na região Norte 10,7% da população brasileira movara em lugares sem canalização interna de água e abastecidos principalmente de outra forma, que não a rede geral de distribuição de água. No Nordeste, essa proporção era de 7,9%. Ambos os valores estavam acima da média nacional (3,4%). 


Desigualdade no abastecimento de água brasileiro: pretos/pardos e área rural são os mais afetados

O estudo mostra que a porcentagem de pessoas pretas/pardas que viviam em domícilios sem accesso a rede geral como sua principal forma de abastecimento e que não têm canalização interna nos domicílios é 3 vezes maior do que o de pessoas brancas. Enquanto 4,8% de pessoas pretas ou pardas (4,8%) vivem nessas condições, apenas 1,6% da população branca vive nas mesmas condições. 

A análise também mostra que nas áreas rurais, 18,8% das pessoas que moravam em domicílios não tinham na rede geral a sua principal forma de abastecimento de água e não contavam com canalização interna.

“Esses dados tornam ainda mais evidente a desigualdade no abastecimento de água nos domicílios brasileiros. Somente 62,2% da população dispunha de água oriunda de rede geral de distribuição, com abastecimento diário e com estrutura de armazenamento em seu domicílio, e, portanto, tinha melhores condições de cumprir as recomendações de higienização”, explica Perez.

Leia o estudo na íntegra clicando no link abaixo:

Indicadores Sociais de Moradia no Contexto da Pré-Pandemia de COVID-19 (2019) 





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