A situação política e administrativa da Presidente Dilma Roussef permanece complicada, mas já esteve pior.
Dilma tem lidado com grandes pedras no seu caminho desde que venceu com todos os méritos de uma verdadeira lutadora o play boy que a casa grande colocou diante dela como adversário.
São pedras colocadas pela oposição (conglomerado mídia-tucanato), com auxílio de uma parcela nada imparcial de policiais, procuradores e um juiz midiático da República do Paraná (lá onde professor recebe borrachada de bônus), e que contagiam uma porção de coxinhas malucos. E são pedras colocadas pelo próprio governo que, ao contrário do que afirmou nos debates eleitorais, há 5 meses só fala de corte de gastos e ajustes, dando munição para a mídia bater noite e dia nos temas inflação, desemprego e recessão.
A coisa ainda é bastante agravada porque o governo enfrenta na Câmara dos Deputados uma situação de extrema dificuldade, a partir da eleição de Eduardo Cunha. Cunha foi uma derrota para Dilma e para o Brasil. Com Cunha ganharam voz não só os inimigos do governo (mídia e PSDB), ganharam voz os inimigos da sociedade, do Estado laico, do bom senso. Ganharam força a bancada fundamentalista de busine$$ e a bancada da bala.
Mas a situação já foi pior. Entre janeiro e abril o mandato da presidente correu riscos sérios. Hoje a coisa já não é assim. A Operação Lava Jato já não é unânime, pois muitos já sabem o porque de sua seletividade e seus métodos pouco convencionais enfrentarão o julgo do Supremo. Eduardo Cunha já não reina em céu de brigadeiro, pois tem o Procurador-Geral no seu encalço. E o PSDB... bem, os tucanos continuam sendo tucanos: governam mal e não apresentam nenhuma ideia que encante o povo fora de Higienópolis ou dos estúdios da Globonews.
Essa semana teremos mais um rolo-compressor de notícias sobre o "ajuste Levy". Mais uma vez o país vai sinalizar aos mercados com "cortes de gastos" e, assim, continuar mostrando aos "investidores" que somos ótimos pagadores de dívidas, mesmo tirando recursos da economia real e jogando na ciranda financeira.
Infelizmente continuamos atrelados a essa situação iniciada em 1994 e dela não conseguimos sair, mesmo no segundo mandato de Lula, onde se buscou uma política anti-cíclica para enfrentar a crise de 2008. Um consolo é que não somos apenas nós, o mundo padece nesse sistema. Veja a dificuldade da Grécia em implementar mudanças mesmo com o apoio amplo da população.
Mesmo entendendo todas as dificuldades por que passa o governo Dilma e tendo nossas críticas construtivas, esperamos ansiosos pelas boas notícias!
Dilma precisa falar!
O governo entregou nessa semana 2 navios petroleiros, a indústria naval-petrolífera continua em ampla atividade, o pré-sal bate recordes ( e espera-se para 2016 um crescimento de 70%), a safra agrícola bate recordes (e a safra do Nordeste superou esse ano a do Sudeste), a ferrovia Norte-Sul e os portos estão em fase final, a China vai investir 160 bilhões no país!
O governo precisa sinalizar mais forte contra a lei de terceirizações e precisa debater com clareza a questão do fator previdenciário. Se os oportunistas do Congresso resolveram pregar uma peça no governo votando o fim do fator sem maior debate, o governo poderia acatar e acabar de vez com isso. Traga a classe trabalhadora para o lado do governo de vez! Situações agudas merecem soluções agudas!
O governo precisa sinalizar mais forte contra a lei de terceirizações e precisa debater com clareza a questão do fator previdenciário. Se os oportunistas do Congresso resolveram pregar uma peça no governo votando o fim do fator sem maior debate, o governo poderia acatar e acabar de vez com isso. Traga a classe trabalhadora para o lado do governo de vez! Situações agudas merecem soluções agudas!
O Calçadão continua na luta para que assuma a presidência a Dilma "gerente", desenvolvimentista, a Dilma dos debates diante do play boy. O povo, que acredita e vota no projeto petista desde 2003, já mostrou de que lado está: do lado do desenvolvimento econômico e social, do lado da geração de emprego e renda, do lado do Brasil otimista.
O povo não é um meio para se chegar ao poder. O povo é a solução para o poder. Um governo que venceu uma eleição dura apostando numa aliança com os aspectos mais progressistas de um povo, precisa governar para este povo.
Continuamos com Dilma, mas desejamos a Dilma dos debates, nem que a vaca tussa!
Ricardo Jimenez
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